Trump diz que pode receber Zelensky na sexta-feira para assinar acordo

O Presidente norte-americano Donald Trump adiantou esta noite que pode reunir-se com o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky na sexta-feira, na Casa Branca, para assinar o acordo no qual a Ucrânia partilhará os seus recursos naturais com os Estados Unidos.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“Ouvi dizer que ele virá na sexta-feira. Estou certamente bem com isso se ele quiser e quiser assinar comigo”, frisou, depois de questionado pelos jornalistas na Sala Oval.

Trump disse que o acordo com a Ucrânia, anunciado esta segunda-feira, “é muito importante” e disse que o povo norte-americano “está muito feliz” com esta conquista, uma vez que, segundo ele, o seu antecessor, o democrata Joe Biden (2021-2025), “estava a atirar dinheiro” para a Ucrânia.

A Ucrânia concordou com os termos de um acordo sobre minerais com os Estados Unidos, sem qualquer cláusula desfavorável para Kiev, adiantou hoje uma alta autoridade ucraniana.

Neste acordo, os Estados Unidos desenvolveriam riqueza mineral em conjunto com a Ucrânia e as receitas provenientes desta iriam para um fundo recém-criado que poderia ser “gerido em conjunto pela Ucrânia e pelos Estados Unidos”, detalhou a fonte à agência France-Presse (AFP), falando sob anonimato.

A mesma fonte apontou que os norte-americanos “removeram todas as cláusulas” que não convinham a Kiev, em particular “os 500 mil milhões de dólares” que os minerais deveriam resultar para os Estados Unidos.

A Ucrânia exigiu garantias de segurança dos EUA como parte do acordo.

Segundo a fonte ucraniana, os termos do acordo incluem uma referência à segurança, mas não mencionam explicitamente o papel dos Estados Unidos.

“Esta é uma cláusula geral que diz que os Estados Unidos investirão numa Ucrânia soberana, estável e próspera, que trabalharão para uma paz duradoura e que os Estados Unidos apoiarão os esforços para garantir a segurança”, frisou.

O presidente norte-americano, Donald Trump, exigiu um acordo de terras raras (minérios) com a Ucrânia para compensar Washington pela ajuda militar e financeira já entregue, e a sua administração aumentou a pressão sobre o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, para assinar o documento.

Zelensky rejeitou uma versão anterior do acordo, dizendo que “a Ucrânia não está à venda”.

Trump tem-se aproximado do presidente russo, Vladimir Putin, nas últimas semanas e teceu duras críticas a Zelensky, a quem chamou “ditador”, como parte da sua estratégia para pôr fim à guerra na Ucrânia.

Últimas do Mundo

As autoridades da capital indonésia, Jacarta, proibíram hoje o abate e venda de carne de cão, gato e outros animais para alimentação humana por serem transmissores da raiva, embora estes consumos sejam minoritários naquele país.
A Google nega algumas notícias recentes que afirmam que a empresa mudou as suas políticas para usar as mensagens e anexos dos 'emails' dos utilizadores para treinar os seus modelos de Inteligência Artificial (IA).
O Parlamento Europeu vai discutir um relatório que recomenda a proibição da utilização das redes sociais a menores de 13 anos e um limite mínimo de 16 anos, ainda que esta limitação esteja longe de reunir consenso.
Um professor galego condenado por abusar de forma sádica de uma aluna de 12 anos fugiu de Espanha e entrou em Cuba após atravessar Portugal, Brasil e Peru. A Polícia espanhola já o colocou na lista dos dez mais procurados e alerta para a sua alta perigosidade.
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil decidiu manter Jair Bolsonaro em prisão preventiva, decretada no sábado após o ex-Presidente tentar romper a pulseira eletrónica enquanto cumpria prisão domiciliária.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) condenou veementemente os recentes raptos de centenas de crianças e professores em unidades educativas na Nigéria, reiterando que "as crianças nunca devem ser alvo de violência".
O procurador-geral de Espanha, Álvaro García Ortiz, apresentou hoje a demissão numa carta enviada ao ministro da Justiça, depois de ter sido condenado a dois anos de suspensão do cargo de procurador, disseram fontes da Procuradoria.
A polícia catalã deteve em Barcelona um alegado médico que fornecia substâncias estupefacientes por via intravenosa num apartamento no bairro de Barceloneta, depois de um 'cliente' ter sofrido uma intoxicação.
O número de mortos no Vietname em uma semana de chuvas torrenciais que afetam o país subiu hoje para 90, contra 55 vítimas mortais registadas na véspera, enquanto 12 pessoas continuam desaparecidas, informaram as autoridades.
A ausência de avanços no abandono dos combustíveis fósseis, o aumento do financiamento à adaptação e a criação de um mecanismo para a transição justa marcaram a COP30 que terminou sábado em Belém.