Aviões militares russos entram na zona de identificação aérea da Coreia do Sul

Várias aeronaves militares russas entraram, por breves momentos, na zona de identificação de defesa aérea da Coreia do Sul, durante manobras realizadas hoje, levando o país asiático a enviar caças em resposta.

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O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que um número não especificado de aviões militares russos entrou na zona de identificação sobre as águas do mar do Japão por volta das 09:20 (00:20 em Lisboa), antes de sair pelas áreas leste e nordeste da zona.

As aeronaves russas não invadiu o espaço aéreo sul-coreano, acrescentou num comunicado o exército sul-coreano, que detetou os aviões antes de entrarem na zona de identificação e enviou vários caças para responder à situação.

A entrada na área de defesa da Coreia do Sul ocorreu durante manobras e os pilotos russos não tinham qualquer intenção de violar o espaço aéreo do país asiático, acrescentaram os militares de Seul.

Uma zona de identificação de defesa aérea não faz parte do espaço aéreo territorial de um país, mas sim um perímetro adicional dentro do qual o tráfego aéreo é monitorizado pelas forças armadas para proporcionar um tempo de reação extra no caso de uma manobra hostil ou para evitar colisões acidentais.

Em novembro, a Rússia avisou a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.

 “Seul deve estar ciente de que a possível utilização de armas sul-coreanas para matar cidadãos russos destruirá definitivamente as relações entre os nossos países”, avisou o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Andrei Rudenko, em declarações à agencia de notícias russa, a Tass, citado pela Efe.

Rudenko apelou à Coreia do Norte que para que não tomasse “medidas imprudentes” e para que olhe para os seus interesses nacionais a longo prazo e não para situações de curto prazo “ditadas pelo exterior”.

“Quanto a Seul associar o seu eventual fornecimento de armas a Kiev ao desenvolvimento da cooperação entre Moscovo e Pyongyang, tal atitude poderia ter consequências muito negativas. É óbvio que o conflito ucraniano não tem nada a ver com a península coreana”, sublinhou o diplomata russo.

Segundo avisou Rudenko, caso a Coreia do Sul forneça armas a Kiev, a Rússia vai “naturalmente, responder com todos os meios que considerar necessários”, o que “dificilmente reforçará a segurança da própria República da Coreia”.

O vice-ministro acusou ainda as autoridades sul-coreanas de instigarem artificialmente a controvérsia sobre a presença de soldados norte-coreanos na zona da “operação militar especial” na Ucrânia, a fim de “aumentar a pressão militar sobre Pyongyang”.

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