Há três anos que não haviam tantas pessoas a receber subsídio de desemprego

O número de beneficiários de prestações de desemprego subiu 7,2% em fevereiro, face a igual período do ano passado, totalizando 211.769, um máximo desde janeiro de 2022, segundo a síntese estatística da Segurança Social hoje divulgada.

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Face ao período homólogo, registou-se um acréscimo de 14.173 beneficiários, o que representa uma subida de 7,2%.

Já em relação ao mês anterior, houve um aumento de 1.757 beneficiários em fevereiro, o equivalente a 0,8%, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O número de beneficiários de prestações de desemprego está a aumentar há quatro meses consecutivo, sendo que nos dois últimos (janeiro e fevereiro) ultrapassou a barreira dos 200 mil beneficiários. Segundo os dados disponibilizados no ‘site’ da Segurança Social, é o valor mais elevado desde janeiro de 2022, quando atingiram os 225.410.

No que toca ao subsídio de desemprego, o número de beneficiários registou um aumento homólogo de 7,8% em fevereiro (mais 12.079), totalizando os 166.836. Já na comparação em cadeia, houve um decréscimo de 1,8% (menos 2.993 beneficiários).

“O valor médio mensal do subsídio de desemprego em fevereiro foi de 685,78 euros, representando uma variação anual positiva de 7,5%”, adianta o GEP.

O número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial caiu 1,5% comparativamente com fevereiro de 2024 (menos 177 subsídios processados), mas subiu 3,9% face a janeiro (um acréscimo de 445 beneficiários), totalizando os 11.845.

Quanto ao subsídio social de desemprego subsequente, este abrangeu 21.620 beneficiários em fevereiro, o que corresponde a uma redução homóloga de 3,4% (menos 767 beneficiários), mas um aumento de 2% em termos mensais (mais 426 beneficiários).

À semelhança do que tem sucedido, as prestações de desemprego foram maioritariamente pedidas por mulheres, correspondendo a 118.380 beneficiárias (55,9%) e a 93.389 beneficiários (44,1%).

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