Comunidades portuguesas querem voto eletrónico nas Presidenciais de 2026

O Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa considera que será possível o voto eletrónico à distância nas próximas eleições presidenciais, em 2026, defendendo a criação de um grupo de trabalho na Assembleia da República para desenvolver esta ferramenta.

© D.R.

Esta foi uma das conclusões do encontro deste órgão regional do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), que esteve reunido na semana passada em Lisboa, com o voto eletrónico a ser um dos temas abordado pelos conselheiros e convidados.

Os contributos dados na reunião levaram o Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa (CRCPE) a elaborar um conjunto de propostas, que seguiram para o CCP e o Governo, entre as quais a da criação de um grupo de trabalho na Assembleia da República para a aplicação do voto eletrónico à distância.

A criação deste grupo “imediatamente após o início da próxima legislatura, permitirá iniciar o projeto de implementação do voto eletrónico à distância, começando por desenvolver um teste-piloto no menor tempo possível”, lê-se na proposta.

O grupo de trabalho deverá ser composto por áreas técnicas focadas na aplicação e auditabilidade do sistema de voto eletrónico, “naquilo que deve ser considerado um projeto maior de desígnio nacional, no sentido de aproximar todos os cidadãos da democracia representativa e dos valores da Constituição portuguesa”, além de representantes do CCP.

O CRCPE acredita que, com base nos conhecimentos adquiridos ao longo das audições durante a sua reunião, que é ainda possível atingir esse objetivo na próxima eleição presidencial, em janeiro de 2026.

Alguns dos conselheiros que estiveram reunidos em Lisboa questionaram o atraso na aplicação desta medida, recordando que pagam impostos por meio eletrónico, sem que a segurança tenha sido posta em causa.

Os conselheiros europeus manifestaram vontade de contar com mais esta possibilidade de voto, tendo em conta as distâncias que por vezes têm de ser percorridas para votar nas assembleias de voto e os constrangimentos que o voto postal tem revelado.

Nas eleições para a Assembleia da República, como as que se realizarão em 18 de maio, os portugueses que residem no estrangeiro podem votar presencialmente ou por via postal, devendo fazer essa opção junto da respetiva comissão recenseadora no estrangeiro, até à data da marcação da eleição, pois se não escolher terá de votar por via postal. Nas eleições presidenciais e europeias, a votação só é presencial.

No voto postal, o Ministério da Administração Interna português envia o boletim de voto para a morada indicada no caderno de recenseamento. O eleitor recebe o boletim de voto e dois envelopes: um de cor verde e outro branco, que serão devolvidos ao Ministério da Administração Interna.

O eleitor tem de assinalar com uma cruz a opção de voto, depois dobrar o boletim de voto em quatro e colocá-lo dentro do envelope de cor verde, fechando-o. Introduz este envelope verde no envelope de cor branca, juntamente com uma cópia do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade, e, depois de fechado, deve enviá-lo pelo correio antes do dia da eleição.

Últimas do País

Seis distritos de Portugal Continental estão hoje em aviso laranja e quatro em aviso amarelo para a queda de neve até domingo de manhã, podendo condicionar e interditar estradas, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Uma antiga fábrica que estava em obras para ser transformada em residência universitária ardeu hoje em Braga, revelou à Lusa fonte do Comando Sub-Regional do Ave.
As empresas de chocolate nacionais enfrentam o otimismo do período natalício, “um dos mais relevantes” para as vendas, não evitando baixar preços porque o valor do cacau continua no dobro da média de 2023.
A maioria dos desfibrilhadores disponíveis nas viaturas dos Sapadores de Lisboa tem componentes cujo prazo de validade está ultrapassado, mas o Regimento deu orientações para que os bombeiros continuem a utilizá-los, denunciou hoje um sindicato.
O aumento de doentes com alta clínica retidos nos hospitais por razões sociais é um dos maiores obstáculos à gestão de camas hospitalares, afetando a resposta nos serviços de urgência e impedindo a realização de cirurgias.
A ULS Amadora-Sintra abriu um inquérito interno ao caso divulgado pela Polícia Judiciária de um alegado abuso sexual de uma utente no Hospital Fernando Fonseca, envolvendo dois internados, anunciou hoje a instituição.
As infeções respiratórias graves continuam a aumentar em Portugal, sobretudo em idosos e crianças, com aumento de casos de gripe nos cuidados intensivos na semana passada e excesso de mortalidade por todas as causas, revelou hoje o INSA.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 19 pessoas que conduziam com excesso de álcool no sangue, durante o primeiro dia da operação Natal e Ano Novo 2025/2026, que arrancou na quinta-feira e e que já regista um morto.
O bacalhau deverá ficar mais caro já no próximo ano, face à redução de quotas no Mar de Barents e ao contexto internacional, segundo as estimativas da Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB).
A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 84 pessoas no primeiro dia da operação Polícia Sempre Presente – Festas em Segurança 2025-2026, entre elas 15 por condução em estado de embriaguez e 12 por conduzirem sem carta.