E com tristeza que vejo Portugal a afundar-se mais uma vez em eleições! 


Mais uma vez, o governo desabou, e a estratégia suja e pérfida de Luís Montenegro expõe, de forma lamentável, uma semelhança nefasta que permeia o atual panorama partidário. Sinto um profundo repúdio ao recordar o ocorrido no passado dia 11 de março na Assembleia da República – um verdadeiro palco onde se expõe o lixo que este recinto, que se pretende casa da democracia, alberga sob a forma de deputados. É, sem dúvida, uma vergonha nacional, um desperdício escandaloso do suor e dos tributos dos portugueses.

O que o Luís Montenegro omitiu, contudo, vai muito além de meras sutilezas retóricas. Faltou-lhe a honestidade de admitir que o PSD não é unicamente um partido de matizes socialistas, mas também um partido Marxista-leninista, eu sei que poucos sabem o que isto quer dizer porem. Esqueceu de mencionar, luís Montenegro que, uma vez que Mário Soares já o havia inscrito, astuciosamente, na associação alemã dos socialistas –, e que Francisco Sá Carneiro, ao fundar um partido de esquerda (PPD), viu, em seu primeiro congresso, Pinto Balsemão proclamar em alto e bom som a sua orientação partidária de uma esquerda assumida, fato então relegado aos bastidores do PPD, precursor do PSD. Basta de hipocrisias e de dilapidar o dinheiro público!

É de se envergonhar que Portugal, berço das nações e outrora o maior império naval, senhor de metade do mundo, se encontre hoje sob o jugo de governantes cuja conduta assemelha-se à mais rústica e mesquinha de práticas, comparáveis àquelas de regimes distantes da dignidade que o país merece. Esta manobra, reminiscentemente similar à estratégia de António Costa, não passa de uma tentativa descarada de forjar uma maioria absoluta. Luís Montenegro, recorrendo a táticas há muito esquecidas desde os tempos de Mário Soares – este que, por si só, tornou-se o símbolo da vergonha desta nobre nação – apresentou uma moção de confiança sabendo que o PS votaria contra, em conluio com o CHEGA, com o intuito de precipitar eleições e, assim, desviar a responsabilidade para os adversários. Contudo, ignora-se que o CHEGA, dia após dia, fortalece a sua posição, e Montenegro jamais alcançará a almejada maioria absoluta sem se condenar ao fracasso e, consequentemente, à abdicação da liderança do PSD, pois a derrota traz consigo a inexorável mancha da desonra.

Acima de tudo, é imperioso recordar que, ao final de tudo, são os portugueses – os verdadeiros artífices do esforço nacional – que suportam o peso desta desdita. Anseio, pois, que a nação desperte o mais rapidamente possível. Portugal clama por uma liderança com visão de futuro, que coloque os interesses da pátria e dos portugueses acima de quaisquer expedientes oportunistas. Ontem, fui testemunha de Montenegro enaltecendo feitos vazios, meras ilusões de um político que, com indiferença e arrogância, omitiu até mesmo mencionar a sua ministra, cuja negligência se reflete tragicamente nas 11 mortes ocorridas no âmbito do SNS – tragédias que marcaram a saúde e o destino de cidadãos que jamais tiveram a chance de prosperar.

Não aceito um primeiro-ministro que governe à sombra de leis impostas pela União Europeia – afinal, não votei nem elegi representantes para ratificar decretos provenientes de Bruxelas. Exijo, sim, a restituição da soberania a Portugal, um país que governe para os seus próprios, sem submeter-se a imposições estrangeiras.

Em suma, senti um nojo profundo ao ouvir Luís Montenegro, como se cuspisse na face de todos os portugueses, demonstrando ser um político ínfimo, desprovido de ética e moral – aquele que atira a pedra e esconde a mão. Que este episódio sirva de alerta: a nação deve despertar e exigir de seus líderes a honra e a responsabilidade que Portugal, berço das nações, historicamente merece.

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