Petrolífera britânica Shell prolonga programa de redução de custos

O gigante britânico do petróleo e do gás Shell anunciou esta terça-feira o prolongamento do seu programa de redução de custos, que prevê poupar entre 4,63 e 6,48 mil milhões de euros até 2028.

© D.R

A empresa disse querer concentrar-se na redução dos seus custos estruturais “explorando as possibilidades” oferecidas pela inteligência artificial e pela tecnologia em particular, disse um porta-voz à AFP.

O grupo tinha inicialmente anunciado que pretendia reduzir os seus custos em dois a três mil milhões de euros até ao final de 2025, um objetivo que incluía centenas de cortes de postos de trabalho nas suas operações de petróleo e gás.

Em comunicado, publicado na hoje à margem do seu dia anual do investidor, a Shell explicou que pretende “explorar oportunidades estratégicas” nos Estados Unidos na sua atividade química e proceder a “reclassificações e encerramentos seletivos na Europa”.

“Graças aos esforços excecionais dos nossos empregados, estamos a transformar a Shell para a tornar mais simples, mais resistente e mais competitiva”, disse o presidente executivo da petrolífera, Wael Sawan, em comunicado.

O grupo anunciou igualmente a manutenção dos objetivos climáticos definidos na sua estratégia de transição energética de março de 2024.

“A Shell mergulhou nas energias renováveis, mas não entrou com os dois pés em tudo o que é verde, é evidente que o petróleo e o gás continuam a ser os principais motores de lucro”, afirmou Russ Mould, analista da AJ Bell.

A rival britânica BP, por outro lado, abandonou em fevereiro a sua estratégia climática, para se concentrar novamente no petróleo e no gás, na esperança de aumentar os seus lucros.

A Shell tem como objetivo “tornar-se a principal empresa mundial de gás integrado e de gás natural liquefeito (GNL)”, nas palavras do seu presidente executivo e planeia aumentar as suas vendas de GNL entre 4 e 5% até 2030.

No final de janeiro, a Shell anunciou que o seu lucro líquido baixou 17% em 2024, para 14,90 mil milhões de euros, devido à diminuição das margens e dos preços, um ano depois de já ter reduzido para metade o seu lucro anual.

Últimas de Economia

A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação aumentou de 7,21 euros por metro quadrado (€/m2) em 2023 para 7,97 €/m2 em 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em março para o valor mais baixo do último ano, sobretudo penalizado pelas perspetivas económicas, tendo o indicador de clima económico também recuado, pelo terceiro mês consecutivo, divulgou hoje o INE.
O preço de meia dúzia de ovos subiu quase 80% entre janeiro de 2022 e março de 2025, passando de 1,14 para 2,05 euros, sendo que este ano já encareceu perto de 30%, segundo dados da Deco.
O valor mediano de avaliação bancária na habitação fixou-se em 1.810 euros por metro quadrado (m2) em fevereiro, uma subida de 16% face ao mesmo mês do ano passado e mais 36 euros (2%) do que em janeiro.
As receitas por quarto na hotelaria aumentaram para 95 euros a nível nacional em 2024 (92 euros em 2023), devido ao crescimento do preço médio por quarto de 142 para 146 euros, enquanto a taxa de ocupação se manteve igual.
A carga fiscal cresceu para 35,7% do PIB em 2024, uma subida de 0,1 pontos percentuais face ao ano passado, de acordo com a primeira notificação do Procedimento dos Défices Excessivos divulgada hoje.
Setenta e três por cento dos portugueses usam dinheiro vivo semanalmente e 68% considera-o importante, mas a maioria diz ser cada vez mais difícil aceder a dinheiro físico e quer a sua aceitação garantida por lei, segundo um inquérito.
As empresas portuguesas apresentaram um número recorde de 347 pedidos de patentes à Organização Europeia de Patentes (OEP) em 2024, mais 4,8% face ao ano anterior, foi hoje divulgado.
O gigante britânico do petróleo e do gás Shell anunciou esta terça-feira o prolongamento do seu programa de redução de custos, que prevê poupar entre 4,63 e 6,48 mil milhões de euros até 2028.
O Novo Banco informou hoje que foi aprovado, na assembleia- geral de acionistas em 21 de março, o pagamento de dividendos no montante de 224,6 milhões de euros referente ao exercício económico de 2024.