Na publicação, datada de 22 de maio, Mamadou Ba expressa “dificuldade em acreditar” que mortes de pessoas negras sob custódia sejam resultado de suicídio ou causas naturais, sugerindo que a probabilidade de serem assassinadas “pela violência dos guardas prisionais” é maior. Estas declarações levaram o sindicato a reagir com firmeza, considerando as acusações como atentatórias à honra de todo o corpo da guarda.
“Não podemos permitir que se lancem suspeitas infundadas sobre profissionais que arriscam diariamente a vida para manter a ordem e a segurança nas prisões portuguesas”, afirmou Frederico Morais, presidente do SNCGP. O sindicato representa cerca de 4.000 guardas prisionais e exige uma indemnização simbólica de mil euros por cada profissional visado, totalizando um pedido de quatro milhões de euros.
De acordo com o comunicado do sindicato, o valor, caso venha a ser atribuído, será doado às alas pediátricas dos Institutos Portugueses de Oncologia de Lisboa e Porto, reforçando o compromisso social da classe. “Esta ação não é por vingança, é por justiça e por princípios”, declarou Morais.
A morte do recluso em questão foi investigada pela Polícia Judiciária, com autópsia realizada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, que não apontou indícios de crime.
Mamadou Ba já é conhecido por declarações polémicas sobre as forças de segurança e o sistema judicial.