Chega quer inquérito para apurar quem andou a receber subsídios indevidamente em Portugal

O Presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor de forma potestativa uma comissão de inquérito parlamentar sobre a ação dos últimos governos PS e PSD/CDS na atribuição de nacionalidade e residência a cidadãos estrangeiros.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas, André Ventura também revelou que vai recorrer da decisão tomada pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, de recusar a admissibilidade de um projeto de lei do CHEGA sobre alterações à lei da nacionalidade por dúvidas sobre a sua conformidade com a Constituição da República.

André Ventura acusou mesmo José Pedro Aguiar-Branco de estar a “bloquear” a ação política do CHEGA, “recuperando uma prática dos tempos” do antigo presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues, e alegou que o CHEGA defende nesta matéria o mesmo que o primeiro-ministro, Luís Montenegro: “Quem comete crimes graves, depois de obter a nacionalidade portuguesa, perde a nacionalidade portuguesa”.

“Com todo o respeito, não é ao presidente da Assembleia da República que cabe dizer se um projeto é constitucional ou inconstitucional. Para isso é que temos um Tribunal Constitucional”, sustentou o Presidente do CHEGA.

Em relação à iniciativa de constituição de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a forma como tem sido concedida a nacionalidade e a residência a cidadãos estrangeiros em Portugal, André Ventura justificou a decisão de avançar de forma potestativa – ou seja, sem precisar de a sujeitar a aprovação em plenário – por antecipar desde já a oposição do PSD e PS.

“Vou propor ao Grupo Parlamentar do CHEGA que inicie imediatamente as diligências para uma comissão parlamentar de inquérito potestativa à atribuição de residência e de nacionalidade nos últimos anos. Essa comissão deve apurar a responsabilidade do último executivo socialista nesta matéria e também do último Governo [PSD/CDS]”, disse.

Ainda de acordo com o Presidente do CHEGA, essa comissão parlamentar de inquérito, “deve apurar com toda a extensão, sem limitações de pessoas ou de cargos, quem foi responsável pela entrada desorganizada de pessoas em Portugal, muitos deles com cadastro, sem qualquer verificação”.

“É preciso apurar se pode ou não haver aqui responsabilidade criminal que deva ser enviada para o Ministério Público. Esperamos, por isso, que nos próximos dias o parlamento possa dar início a esta comissão de inquérito”, assinalou.

Do ponto de vista político, na perspetiva de André Ventura, PS e PSD opõem-se a essa comissão de inquérito “porque sabem que têm responsabilidades nesta matéria”.

“E hoje o país sabe, em muitas das terras, que o que se fez em Portugal nos últimos anos foi criminoso. É preciso agora apurar responsabilidades”, acrescentou.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor de forma potestativa uma comissão de inquérito parlamentar sobre a ação dos últimos governos PS e PSD/CDS na atribuição de nacionalidade e residência a cidadãos estrangeiros.
O Prior Velho, como tantos outros lugares em Portugal, foi pintado de vermelho “não há um ano ou há mais de um mês”, mas nesta terça-feira. E “onde estava o Governo?”.
Foi preciso um avião cair na Índia para se tomar conhecimento de que existem pessoas com nacionalidade portuguesa, "sem nunca terem pisado solo lusitano".
O Presidente do CHEGA, André Ventura, assegurou hoje que o Governo pode contar com o "pragmatismo e responsabilidade" do seu partido em matérias de Defesa e defendeu uma maior autonomia da União Europeia nesta matéria.
Durante dez dias, o Observador percorreu os concelhos onde o CHEGA obteve os melhores resultados nas legislativas, procurando compreender o que pensam os mais de 1,4 milhões de portugueses que votaram em André Ventura. Foram ouvidos 60 eleitores do partido — o mesmo número de deputados que o CHEGA tem atualmente na Assembleia da República.
O CHEGA é o partido com mais propostas integradas no Programa do Governo agora apresentado, num total de 27 medidas, superando as 25 atribuídas ao PS. O executivo cumpriu a promessa de incorporar contributos de outras forças políticas e, entre as sugestões acolhidas, destacam-se as do partido liderado por André Ventura, agora assumido como novo líder da oposição.
André Ventura questionou as prioridades do Conselho da Europa, classificando a instituição como uma “organização de tachos” e acusando-a de ignorar problemas graves que afetam os portugueses.
O Parlamento chumbou hoje a moção de rejeição do PCP ao Programa do XXV Governo Constitucional, com votos contra do PSD, CHEGA, PS, IL, CDS-PP e JPP, abstenção de PAN e votos favoráveis de PCP, Livre e BE.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, avisou hoje o Governo que o seu partido não aceita ser "somente uma muleta" e indicou que levará "a sério" a liderança da oposição, prometendo apontar os erros do executivo.
O CHEGA vai assumir as presidências das comissões parlamentares de Orçamento e de Transparência, juntando às de Defesa e Educação que já detinha na legislatura anterior, e o PSD terá sete de um total de 15 presidências.