CHEGA QUER CRIMES SEM PRAZOS DE VALIDADE

Apesar do sucessivo boicote dos partidos do Sistema, André Ventura quer alterar o Código Penal, permitindo que crimes como a corrupção, o homicídio e a violação possam ser criminalmente perseguidos a qualquer momento.

© Folha Nacional

O CHEGA anunciou no domingo passado que irá apresentar uma proposta legislativa para eliminar a prescrição de crimes considerados de especial gravidade, como o homicídio, a violação e a corrupção.

Para o líder do partido, André Ventura, “se alguém comete um homicídio ou uma violação, não pode ficar impune só porque se passaram 10 ou 15 anos”. O dirigente sublinha que se trata de crimes que “arrasam vidas e destroem famílias” e, no caso da corrupção, de atos que “prejudicam todos os portugueses, desviando milhões de euros dos nossos impostos”. O CHEGA, atualmente a segunda maior força política no Parlamento, pretende assim alterar o regime penal em vigor, impedindo que crimes de elevada relevância social possam beneficiar da prescrição judicial.

Ventura considera que os prazos atuais “beneficiam os infratores” e constituem “uma vergonha nacional”, criticando o facto de “ainda existirem criminosos que escapam à Justiça apenas porque o tempo passou”.

“O que está em causa é simples: não podemos continuar a viver num país onde crimes graves, como homicídio, corrupção ou violação, prescrevem como se fossem meras contraordenações”, reforçou o Presidente do CHEGA.

A proposta, que visa uma alteração ao Código Penal, já tinha sido apresentada em plenário a 20 de fevereiro. Segundo o partido, trata-se de uma medida com “impacto estrutural” no sistema judicial, com o objetivo de transmitir à sociedade “uma mensagem clara de combate à impunidade.

Estas bandeiras políticas não são novas pois, em 2021, André Ventura já tinha defendido uma reforma nesse sentido, considerando que “a legislação penal portuguesa tem ficado muito aquém dos avanços dogmáticos que seriam expectáveis na Europa”.

De acordo com uma notícia d o Observador publicada na altura, o projeto do CHEGA visava transmitir “um sinal de política-criminal relevante em matéria de proteção da sociedade e da administração da justiça em crimes que sejam particularmente danosos”. Desta forma, estes crimes passariam a poder ser criminalmente perseguidos a todo o tempo, independentemente do tempo decorrido desde a prática dos atos criminosos.

Na legislatura anterior, o partido já tinha tentado classificar o crime de violação como crime de natureza pública, mas a proposta foi rejeitada com os votos contra do PSD, PS e CDS-PP. Da mesma forma, o Parlamento também chumbou uma iniciativa do CHEGA que previa o alargamento dos prazos de prescrição para crimes económicos, rejeitada por PS, PSD, PCP, Bloco de Esquerda e Livre. Apesar deste boicote, as propostas agora retomadas demonstram, segundo o partido, a sua persistência e o compromisso com a defesa do interesse dos portugueses.

Últimas de Política Nacional

O antigo primeiro-ministro José Sócrates chegou a ter, em 2014, três empréstimos em simultâneo na Caixa Geral de Depósitos (CGD) para cobrir despesas que admitiu que eram "absolutamente exageradas", testemunhou hoje a sua gestora de conta à data.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, criticou as posições de Gouveia e Melo sobre imigração, considerando que alguém que quer ser o próximo Presidente da República não pode equiparar um imigrante a um português.
O líder do CHEGA afirmou hoje que Gouveia e Melo protagoniza cada vez mais as causas do PS, sobretudo por ter Mário Soares como modelo presidencial, e apostou que o ex-primeiro-ministro António Costa vai votar no almirante.
O CHEGA obteve em Lisboa 26.755 votos, mais três do que a CDU, confirmando a distribuição de mandatos de dois vereados para o CHEGA e um para a coligação, segundo a assembleia de apuramento geral.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a Europa e o mundo "orientam-se para a direita" e defendeu que os partidos da sua família política são os "baluartes da defesa da liberdade".
O projeto de lei do CHEGA que pretende proibir a ocultação do rosto em espaços públicos foi aprovado hoje no Parlamento.
O deputado Rui Cristina foi eleito, no último domingo, Presidente da Câmara Municipal de Albufeira pelo CHEGA. A sua eleição marca uma mudança importante na política local que era dominada, há décadas, por outras forças políticas. Rui Cristina renunciará ao mandato de deputado e tomará posse como presidente da câmara nas próximas semanas, assumindo o compromisso de uma gestão próxima da população, com foco na segurança, no turismo e na valorização da identidade local.
André Ventura assume candidatura presidencial como missão e critica imigração descontrolada e sobrecarga no SNS, defendendo que só o CHEGA pode "pôr ordem no país".
Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as responsabilidades políticas e de gestão do INEM decidiram hoje ouvir dois familiares das vítimas mortais associadas a atrasos no atendimento durante a greve do ano passado.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que o Presidente da República quer atrasar a entrada em vigor da Lei de Estrangeiros por não concordar com as alterações a esta legislação.