Exames de radiologia custaram 131 milhões em 2024

Os exames de radiologia representaram a quarta maior despesa convencionada do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2024, totalizando cerca de 131 milhões de euros, anunciou hoje a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

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“Em 2024, os encargos do SNS com o setor convencionado de radiologia atingiram cerca de 131,3 milhões de euros, o que representa uma redução de 0,7% face a 2023”, indica a ERS nas conclusões de uma monitorização a esta área.

De acordo com o regulador, houve um gasto de 12.949 euros por 1.000 habitantes.

Os encargos das administrações regionais de saúde (ARS) do Centro e Alentejo registaram aumentos, com variações de 7,2% e 0,7%, respetivamente. Por sua vez, verificaram-se reduções nas regiões do Algarve (-4,6%), Lisboa e Vale do Tejo (-4,0%) e Norte (-1,1%).

“Apesar da ligeira redução global, os maiores montantes de despesa no setor convencionado de radiologia continuaram a concentrar-se nas regiões do Norte (52,2 milhões de euros) e de Lisboa e Vale do Tejo (43,8 milhões de euros), o que é expectável dadas as suas maiores densidades populacionais”, sustenta a ERS.

Já as regiões do Alentejo (4,9 milhões de euros) e do Algarve (4,7 milhões de euros) registaram os valores mais baixos.

“A análise aos encargos com o setor convencionado de radiologia, ponderados por 1.000 habitantes, permitiu observar que, em 2024, em Portugal continental, se registou uma ligeira diminuição face ao ano anterior, passando de 13.037 euros (em 2023) para 12.949 euros, o que representa uma redução de 88 euros”, realça.

A redução aconteceu depois de um crescimento (de 245 euros) entre 2022 e 2023, revelando um abrandamento na tendência de aumentos dos encargos por habitante.

A ERS indica que, a nível regional, se destacou a região Centro, a única a apresentar um aumento expressivo em 2024 (mais 1.016 euros face a 2023), atingindo o valor mais elevado a nível nacional (15.089 euros por 1.000 habitantes).

Por sua vez, as regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve evidenciaram as maiores diminuições nos encargos por 1.000 habitantes no ano passado, com reduções de 485 euros e 469 euros, respetivamente, solidificando uma tendência de diminuição nestas zonas, já iniciada em 2023.

A região Norte, que tinha assinalado o valor mais elevado em 2023 (14.384 euros por 1.000 habitantes), apresentou uma ligeira quebra em 2024 (menos 159 euros), mantendo, ainda assim, um nível de despesa ‘per capita’ elevado (14.225 euros por 1.000 habitantes).

Por seu turno, a região do Alentejo exibiu um aumento marginal de 72 euros, mantendo-se como a região com os encargos mais baixos (10.302 euros por 1.000 habitantes), a par do Algarve.

No final do ano passado, constavam do Sistema de Registo de Estabelecimentos Regulados (SRER) 716 estabelecimentos prestadores de cuidados na área da radiologia, mais 21 do que em 2023, dos quais 84,9% de natureza não pública.

Os estabelecimentos detentores de convenção na área de radiologia representavam 55,4% do mercado privado total de Portugal continental, embora em 54,7% dos concelhos portugueses não havia oferta convencionada disponível.

Em relação à procura, foram registadas 458 requisições aceites por 1.000 habitantes, com um crescimento a nível nacional de 0,6% face a 2023.

As regiões Norte e Centro mostraram os valores mais elevados, enquanto o Algarve (-16,2%) e o Alentejo (-11,2%) apresentaram as maiores quebras.

A nível concorrencial, verificou-se que os 46 operadores com maior volume de requisições pagas foram responsáveis por 80,2% do total de requisições aceites a pagamento.

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