Mais de 90 fogos em Portugal combatidos por cerca de 1.980 operacionais pelas 14:30

Mais de 1.980 operacionais, apoiados por 616 meios terrestres e 22 meios aéreos, estavam hoje, pelas 14:30, a combater 90 incêndios em Portugal continental, com destaque para o fogo de Vila Real, de acordo com o ‘site’ da Proteção Civil.

© ahbvcoimbra

Na sua página oficial, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) assinala, em Vila Real, como “ocorrências significativas”, três pontos de fogo, o primeiro em Pena, Quintã e Vila Cova que mobilizava, às 14:00, quase centena e meia de operacionais, apoiados por 40 meios terrestres e 13 aéreos.

Aqui, em Vila Cova, as pessoas das casas limítrofes foram aconselhadas a sair para o centro da aldeia.

Em São Cibrão, no Douro, estavam 288 homens, 98 veículos e um meio aéreo, enquanto em Torgueda o socorro está a cargo de 85 operacionais, 25 veículos e um meio aéreo.

O incêndio que começou no sábado em São Cibrão, Vila Real, e se estendeu a Sabrosa, permanece com pontos quentes, mas sem fogo ativo, disse hoje o segundo comandante sub-regional do Douro, num ponto de situação aos jornalistas, em Sabrosa, cerca das 13:00.

“Começamos a ter o perímetro todo consolidado e sem chama ativa, ainda não estando completamente dominado. A grande percentagem está em rescaldo. Há pontos quentes, não temos fogo ativo”, disse José Requeijo sobre um fogo que na noite de sábado obrigou a retirar pessoas de casa, nomeadamente de um lar de idosos que foi evacuado.

Outro incêndio que gerou muitas preocupações foi o de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, dado como dominado hoje pelas 10:45, após nove dias de fogo ativo.

Este incêndio deflagrou há uma semana e já consumiu mais de seis mil hectares do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG).

“Há previsão de vento ao final da tarde. Neste momento corremos o risco de, a todo o momento, ter uma reativação. Por isso mantemos os meios no teatro de operações. Há locais de difícil acesso onde não temos como colocar operacionais”, disse aos jornalistas o comandante da Proteção Civil, Elísio Oliveira, cerca das 13:30

Segundo o comandante, no local estão 530 operacionais, apoiados por 163 veículos e três meios aéreos.

Já em Arouca, no distrito de Aveiro, o incêndio que começou em Canelas e Espiunca, passou ao concelho de Castelo de Paiva, assim como ao de Cinfães, distrito de Viseu, preocupando muito as autoridades e as populações na última semana, foi dado como dominado na sexta-feira. Em fase de conclusão, continua a mobilizar mais de 80 operacionais e 36 meios terrestres.

Desde segunda-feira, muitos incêndios rurais têm afetado o continente português, em especial as regiões Norte, Centro e Alentejo. As chamas obrigaram à evacuação de aldeias.

Três bombeiros ficaram feridos sem gravidade durante o combate ao incêndio em Sabrosa e em outros pontos há registos de operacionais e de civis assistidos, mas sem gravidade.

Todos os concelhos dos distritos Bragança, Viseu, Castelo Branco estão hoje sob risco máximo de incêndio, segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Este alerta é estendido a quase todos os municípios dos distritos de Vila Real, Braga, Porto, Santarém e Faro, enquanto Portalegre tem cinco concelhos sob este alerta do IPMA, o mais grave de risco de incêndio.

Portugal continental entrou hoje em situação de alerta devido ao elevado risco de incêndio nos próximos dias, anunciou no sábado a ministra da Administração Interna. O alerta vigora até quinta-feira.

“Face ao agravamento das previsões meteorológicas que apontam um risco significativo de incêndio rural, o Governo decidiu declarar situação de alerta em todo o território continental”, anunciou Maria Lúcia Amaral, numa declaração ao país, sem direito a perguntas.

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