Filho de Bolsonaro acredita em novas sanções dos EUA caso o pai seja condenado

O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro avisou hoje que prevê que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imponha novas sanções contra o Brasil, caso o seu pai, Jair Bolsonaro, seja condenado de tentativa de golpe de Estado.

© Facebook de Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro, que há meses está nos Estados Unidos denunciando uma suposta perseguição judicial contra o seu pai, afirmou num ‘podcast’ ser “muito provável” que o líder norte-americano avance nas sanções e começar a usar “outros instrumentos”.

“Trump, nem de perto, acionou todos os mecanismos para pressionar o Brasil”, declarou o deputado que está a ser investigado pela polícia brasileira por tentativa de obstrução da justiça devido às suas manobras nos Estados Unidos para impedir o julgamento.

Nesse sentido, Eduardo mencionou a possibilidade de estender a aplicação da Lei Magnitsky, norma criada para punir violações dos direitos humanos que foi usada para congelar os bens do juiz Alexandre de Moraes, instrutor do caso contra Jair Bolsonaro.

O deputado afirmou ter conversado com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sobre essa possibilidade e disse que os próximos alvos poderiam ser a mulher de Aleandre de Moraes, que ele considera o «braço financeiro» do magistrado.

Por outro lado, Eduardo Bolsonaro disse que, com a intenção do Governo brasileiro de regular as redes sociais apesar da oposição da Casa Branca, o país está a provocar “o aumento das tarifas”.

Além das sanções diretas a Alexandre de Moraes, Trump impôs tarifas de até 50% a vários produtos brasileiros.

“Trump não vai recuar sem um avanço do lado brasileiro”, disse o deputado.

Jair Bolsonaro é acusado de tentar dar um golpe de Estado com a ajuda de altos cargos militares para anular os resultados das eleições de 2022, nas quais foi derrotado pelo atual Presidente, Lula da Silva, e assim se manter no poder.

Jair Bolsonaro e sete membros da sua cúpula vão começar a ser julgados por tentativa de golpe de Estado na terça-feira, num julgamento que pode sentenciar o ex-Presidente brasileiro a mais de 40 anos de prisão.

Este grupo, chamado de “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial”, responde por tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.