“É UM DESRESPEITO AO POVO PORTUGUÊS”. MORTÁGUA FALHA O PRÓPRIO DEBATE PARA “PASSEAR” ATÉ GAZA

Para o CHEGA, a viagem da deputada a Gaza não passa de “um passeio num teatro político”.

© Folha Nacional

Esta sexta-feira, o Parlamento está reunido em plenário para discutir, entre outros assuntos, um projeto do Bloco de Esquerda. O detalhe curioso? A deputada Mariana Mortágua, cuja bancada agendou o debate, decidiu não aparecer. Afinal, há viagens mais urgentes do que cumprir a agenda parlamentar.

Mariana Mortágua encontra-se em viagem, integrada numa flotilha internacional, com destino a Gaza. Para o CHEGA, esta decisão constitui “um grave desrespeito institucional e uma afronta ao funcionamento democrático do Parlamento”.

“É brincar com a Assembleia da República, com os deputados eleitos pelo povo português e, sobretudo, com o próprio povo português”, afirmou Pedro Pinto, líder parlamentar do CHEGA, sublinhando a incoerência de o Bloco de Esquerda agendar um debate e não estar presente para o discutir. “Torna-se difícil agendar projetos quando, ao marcarmos um projeto do Bloco, é o próprio Bloco que falha esse compromisso”, reforçou.

Pedro Pinto classificou ainda a participação da deputada na flotilha como “um passeio num teatro político constante” e “um desrespeito ao povo português”.

O partido considerou igualmente “inaceitável que se priorizem agendas externas em detrimento do debate político nacional e da responsabilidade perante os eleitores”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.