Entrevista Bruno Mascarenhas
Bruno Mascarenhas tem 54 anos, é pai de dois filhos e conta com uma vasta experiência autárquica, exercendo funções em Lisboa há 16 anos, quatro dos quais como líder da bancada municipal do CHEGA na capital.
Nasceu, cresceu e vive na cidade que agora se propõe liderar, movido por um profundo sentido de missão e por um compromisso com a defesa de Lisboa e dos seus cidadãos. A sua candidatura assenta na valorização do respeito pela lei, na defesa de quem vive, trabalha e paga impostos na cidade, e na promoção de uma habitação acessível para todos — não apenas um privilégio de alguns.
O seu lema é “Defender Lisboa”. Defender de quê?
Defender Lisboa da insegurança, da corrupção, da imigração ilegal, da degradação urbana e do abandono político a que foi sujeita. Defender Lisboa significa devolver a cidade aos seus cidadãos — às famílias que trabalham, pagam impostos e querem viver com dignidade, sem medo, sem favoritismos, sem burocracias que lhes roubam tempo e esperança.
A segurança surge como prioridade. Que medidas propõe?
Lisboa é hoje uma das cidades mais inseguras de Portugal e em vias de se transformar numa das mais inseguras da Europa. É inaceitável que os lisboetas tenham medo de andar no Bairro Alto, Mouraria, no Cais do Sodré ou na Almirante Reis. Trabalharemos, em conjunto com a PSP e com o MAI, para melhorar os parâmetros de segurança da cidade. Vamos reforçar a Polícia Municipal com 300 novos agentes até 2027, com prioridade para brigadas noturnas e policiamento de proximidade nos bairros. Vamos instalar câmaras de videovigilância inteligente, criar equipas de resposta rápida para ocupações ilegais e proteger as escolas com brigadas permanentes. O espaço público vai voltar a ser dos lisboetas, não dos bandidos.
A habitação é outro dos grandes temas. O que distingue a sua proposta das atuais políticas?
Os lisboetas estão a ser expulsos da sua própria cidade. Os preços dispararam porque se deixou a especulação e a imigração descontrolada ditarem as regras. Vamos construir 4.500 casas acessíveis até 2029, com rendas T2 até 700€. Vamos transformar 50% dos inquilinos municipais em proprietários, libertando as famílias da dependência política da Câmara e investir na valorização do património habitacional. E vamos dizer basta à discriminação: as famílias portuguesas que trabalham e pagam impostos em Lisboa terão prioridade real no acesso à habitação.
Defende uma política dura sobre imigração?
A minha única preocupação são os lisboetas. Não vou governar a pensar no que dizem as ‘elites’ nacionais ou os lobbies ideológicos. Em Lisboa haverá tolerância ZERO à imigração ilegal. Vamos criar uma Unidade Municipal de Controlo Migratório, deixaremos de financiar ONG apostadas no acolhimento e vamos garantir prioridade absoluta para os portugueses no acesso a habitação, saúde e educação. Lisboa tem de ser uma cidade justa: quem cumpre a lei é bem-vindo, quem a viola não terá lugar aqui.
A mobilidade continua a ser um problema. Que soluções apresenta?
Os lisboetas perdem em média perto de 100 horas por ano no trânsito. Isto é insustentável. Vamos redesenhar as rotas da Carris com base em dados reais e ouvir as populações. O Metro terá de funcionar até às 2h da manhã e com 100% das escadas rolantes operacionais. Vamos rever ciclovias mal planeadas e introduzir gestão de tráfego com inteligência artificial. O objetivo é simples: reduzir 30% do congestionamento até 2029 e devolver qualidade de vida aos lisboetas.
No urbanismo fala em “acabar com as obras de fachada”. O que significa isso na prática?
Significa que Lisboa não pode ser palco de derrapagens orçamentais, corrupção e promessas vazias. Vamos auditar uma série de obras dos últimos 10 anos, lançar uma plataforma pública em tempo real para cada projeto e criar uma Unidade Fast Track digital para licenciamento no máximo seis meses. Cada euro gasto em Lisboa será transparente. Vamos acabar com o compadrio e colocar a cidade na linha da frente da transparência europeia.
E na higiene urbana, onde tantos executivos falharam, que propostas apresenta?
Os lisboetas sentem vergonha do lixo nas ruas e da degradação dos espaços públicos. Vou clarificar competências entre CML e freguesias, reforçar a recolha e auditar o contrato com a VALORSUL. Vamos também criar uma brigada para controlo do ruído. Lisboa será uma cidade limpa, organizada e amiga dos cidadãos. Em 2029, Lisboa será uma cidade mais limpa, mais tranquila – será um exemplo na União Europeia em matéria de gestão do espaço público.
Educação e Saúde são áreas em que a Câmara tem responsabilidades limitadas. O que pode fazer de diferente?
Lisboa não pode cruzar os braços. Vamos garantir creches e pré-escolar gratuitos para todas as crianças portuguesas. Vamos construir polos temáticos de desporto para valorizar talentos e combater o abandono escolar. Na saúde, vamos exigir ao Governo os centros de saúde prometidos e criar unidades móveis de proximidade — com cuidados dentários, rastreios e apoio em saúde mental. A Câmara tem de ser parte da solução e um agente dinamizador no cumprimento das responsabilidades do Estado, não um espectador passivo e cúmplice do Governo Nacional.
E quanto à corrupção, que tantos lisboetas dizem ser o verdadeiro cancro da cidade?
Vou ser claro: não haverá compadrio, nem adjudicações obscuras. Nos primeiros 100 dias vou mandar auditar a GEBALIS, a EMEL, a Carris, a SRU e a EGEAC. Vamos criar uma plataforma de transparência em tempo real e o normativo Anticorrupção que tanto insistimos que fosse aplicado tem de produzir efeitos, coisa que não aconteceu até agora. Quero que Lisboa seja a capital mais transparente da Europa. Quem tiver medo da transparência não serve para governar esta cidade.
A recente tragédia no Elevador da Glória é o espelho da gestão de Carlos Moedas na CML? Diga-nos 5 motivos para os lisboetas dizerem não à sua reeleição.
Absolutamente! O Elevador da Glória é o símbolo perfeito da sua gestão insegura, improvisada, incompetente e sem fiscalização. Cinco razões para não lhe dar mais quatro anos? Carlos Moedas prometeu bairros novos e entregou PowerPoints; falou em transparência, mas multiplicou contratos opacos; disse que ia resolver a habitação, mas deixou os jovens e as famílias portuguesas na fila; apresentou-se como inovador, mas manteve os velhos vícios do Bloco Central; e, acima de tudo, demonstrou falta de liderança e autoridade, como provou a tragédia do Elevador da Glória. Lisboa não pode arriscar mais quatro anos assim.
E a coligação liderada por Alexandra Leitão está refém dos seus aliados ou do PS?
É uma coligação sem rumo e sem liderança. Está refém dos extremismos do Livre e do Bloco de Esquerda e, pior ainda, da visão empobrecedora que o PS tem para o país e para Lisboa. A Dra. Alexandra Leitão fala de igualdade, mas o que propõe é favoritismo. Fala de habitação, mas esquece que o PS deixou degradar o parque habitacional que herdou. É a velha receita socialista: mais burocracia, mais ideologia e menos soluções reais para os problemas. Lisboa não pode ser cobaia de experiências ideológicas nem trampolim para carreiras partidárias.
O que diria, em poucas palavras, aos lisboetas que já perderam a esperança na política?
Que não se resignem. Lisboa precisa de coragem, de ordem e de justiça. Precisa de uma liderança que não tema dizer não ao politicamente correto e sim ao que importa: segurança, habitação acessível, mobilidade, higiene, educação, cultura e transparência. Eu não vim para gerir o declínio, vim para liderar a mudança. Com os lisboetas, vamos reconstruir e DEFENDER Lisboa.