A Morte de Charlie Kirk e a Prova da Intolerância Política

Quando a liberdade de expressão passa a ser motivo de perseguição, a democracia está em risco.

A morte de Charlie Kirk não pode ser vista apenas como uma tragédia pessoal ou um crime isolado. É, acima de tudo, um sintoma do estado a que chegámos enquanto sociedades ocidentais: o espaço público transformado num campo de batalha onde quem ousa pensar diferente é tratado como inimigo a abater.

Kirk, com apenas 31 anos, foi silenciado não pelas suas ideias em si, mas pelo simples facto de as defender em voz alta. E convém deixar claro: ninguém, absolutamente ninguém, deve morrer ou ser censurado por exercer a sua liberdade de expressão. Este princípio deveria ser inegociável em qualquer democracia.

Mas o que observamos hoje é precisamente o contrário. A intolerância política tomou conta do debate. Já não basta discordar. O adversário é desumanizado, insultado, cancelado e, em última instância, eliminado do espaço público. E aqui, por mais que custe reconhecê-lo, a esquerda contemporânea tem tido um papel preponderante.

Apresentam-se como guardiões da tolerância, mas apenas toleram quem repete a cartilha progressista. Nas universidades, onde Charlie Kirk tantas vezes tentou falar, assistimos a cenas de boicote, ameaças e humilhação pública. Criou-se a ideia perversa de que certas opiniões são “perigosas” demais para serem ouvidas como se censura fosse virtude. Esse clima de histeria intelectual é o adubo perfeito para que a violência simbólica se transforme em violência real.

Não se trata de absolver a direita dos seus excessos, mas de reconhecer um facto objetivo: hoje, é a esquerda radical quem mais se empenha em silenciar, perseguir e rotular. Cancelamentos, linchamentos digitais e campanhas orquestradas para destruir reputações tornaram-se ferramentas banais. E quando se normaliza o silenciamento, o passo seguinte pode ser como vimos com Kirk a eliminação física.

Charlie Kirk não era um “radical perigoso”. Era a voz de milhões que acreditam em valores tradicionais, no patriotismo e na liberdade. Foi transformado em alvo apenas por se recusar a alinhar no coro único da ortodoxia progressista. Essa demonização não só é injusta, como é perigosa: quando se convence uma sociedade de que determinadas vozes não têm legitimidade, legitima-se, implicitamente, qualquer ato contra elas.

A direita não pode assistir a isto de braços cruzados. A defesa da liberdade de expressão é um dever moral e político. Honrar a memória de Kirk significa não recuar, não ceder ao medo e afirmar sem hesitação que democracia sem pluralismo não é democracia.

O assassinato de Charlie Kirk é um alerta brutal: se a intolerância continuar a ditar as regras, não será apenas a direita a perder será a própria civilização ocidental.

Artigos do mesmo autor

Não existem publicações !