Como recebeu os resultados das eleições?
Recebi-os com emoção e, sobretudo, com um enorme sentido de responsabilidade. Esta vitória não é minha, é das pessoas de São Vicente. É dos trabalhadores, dos agricultores, dos jovens e dos nossos seniores que acreditaram que a mudança era possível. É a vitória de um povo que disse “basta” a décadas de estagnação. Não foi uma conquista individual, mas o resultado do esforço coletivo de uma equipa dedicada, que nunca desistiu.
Foi uma campanha intensa. O que o levou a avançar com a candidatura?
Avancei por dever de consciência. Sou de São Vicente, nasci e cresci aqui. Este concelho é o meu lar e senti que era hora de fazer algo pela minha terra. Durante anos, fomos governados pelos mesmos, sem ambição nem inovação. A população estava descrente, e era preciso mostrar que havia alternativas. O CHEGA deu-nos essa possibilidade e nós agarrámo-la com convicção. Quisemos trazer verdade, trabalho e amor à terra, e conseguimos.
“Esta vitória não é minha, é das pessoas de São Vicente. É dos trabalhadores, dos agricultores, dos jovens e dos nossos seniores que acreditaram que a mudança era possível.”
Como descreve a equipa que o acompanhou nesta caminhada?
Foi determinante. Esta foi uma candidatura feita por pessoas comuns, mas extraordinárias. Gente da terra, que sente os problemas na pele: mecânicos, agricultores, pequenos empresários, mães e pais de família. Uma equipa genuína e humilde, que representa verdadeiramente o concelho. O CHEGA confiou em nós, deu-nos voz e apoiou-nos desde o início — isso fez toda a diferença. A vitória é deles tanto quanto minha.
Quais são as prioridades imediatas para o novo executivo municipal?
As pessoas vêm sempre em primeiro lugar. Vamos governar com respeito, justiça e total transparência. Uma das primeiras medidas será a reabertura das Grutas de São Vicente, um dos maiores tesouros naturais do concelho, que tem estado esquecido e encerrado. Queremos devolver-lhe vida, segurança e projeção turística, porque isso significa emprego, comércio ativo e população mais fixa.
Vamos também avançar com a criação de um Gabinete de Apoio ao Agricultor. Teremos técnicos no terreno, ao lado dos produtores. A agricultura é vital para o nosso futuro — não pode continuar a ser ignorada.
E a nível de serviços básicos e instituições locais?
Já iniciámos o plano de limpeza das ruas e de manutenção dos espaços públicos. A imagem do concelho tem de melhorar — e rapidamente. Vamos também reforçar o apoio e a articulação com entidades essenciais como os Bombeiros Voluntários e a ADENORMA. São instituições que realizam um trabalho fundamental junto da comunidade e merecem mais reconhecimento e melhores condições para operar.
A vitória do CHEGA em São Vicente é vista como um marco político nacional. Sente esse peso?
Claro que sim. Somos a primeira Câmara do país a ser liderada pelo CHEGA, e isso tem um significado profundo. Mostra que é possível romper com o sistema instalado, com os velhos vícios da política. São Vicente tornou-se um símbolo de coragem e de mudança. Mas o mais importante agora é provar que sabemos governar. Não queremos fazer barulho, queremos fazer trabalho — rigor, proximidade e resultados concretos.
O presidente do CHEGA, André Ventura, vai estar presente na tomada de posse. O que representa essa presença?
É um momento importante para o partido, e a presença do Dr. André Ventura reforça isso mesmo. Ele sempre acreditou neste projeto, apoiou-nos desde o primeiro momento e nunca deixou de estar ao nosso lado. Esta vitória também é dele. A tomada de posse, no dia 25 de outubro, às 17h30, será o ponto de partida para uma nova forma de fazer política — mais próxima, mais séria e mais eficaz.
Que mensagem deixa aos vicentinos?
Que esta vitória é de todos, sem exceção — também daqueles que não votaram em nós. Vamos governar com diálogo e com verdade. A política precisa de recuperar a confiança das pessoas, e é isso que nos propomos a fazer. Queremos que São Vicente volte a ser motivo de orgulho, para quem cá vive e para quem nos visita. O nosso compromisso é claro: trabalhar todos os dias por um concelho mais justo, mais limpo e mais próspero.