Jovens, desempregados e estrangeiros entre os principais candidatos para reforçar empresas no Natal

Jovens, pessoas desempregadas ou em transição profissional e estrangeiros estão entre os trabalhadores que mais concorrem a vagas de trabalho temporário para reforçar as equipas no 'pico' de atividade no Natal, segundo as recrutadoras ouvidas pela Lusa.

© D.R.

O aumento do consumo por parte das famílias na habitual época natalícia leva as empresas a recorrerem a trabalhadores temporários para reforçar as equipas face ao ‘pico’ de atividade em setores que vão desde o retalho, à logística, passando pelo armazenamento e transporte, e até à restauração e hotelaria.

As recrutadoras ouvidas pela Lusa apontam que há cada vez mais um ‘perfil’ de candidatos diversos a estes trabalhos, que vão desde os jovens à procura do primeiro emprego, a profissionais em transição profissional até a estrangeiros que vêm “nestas oportunidades uma forma de se integrar no mercado português”.

“Nestas funções mais de metade dos nossos trabalhadores são estrangeiros, mantendo-se a prerrogativa de que Portugal precisa deste fluxo migratório para fazer funcionar a economia”, adianta Pedro Empis, diretor operacional de soluções de talento da Randstad, fazendo referência também aos jovens que “pretendem ingressar no mercado ou complementar o seu orçamento”, bem como a “pessoas em situação de desemprego ou mesmo pessoas que têm um primeiro emprego e procuram nesta época garantir mais algum rendimento”.

“Há, também, profissionais que conciliam diferentes atividades, por exemplo, quem mantém um ‘part-time’ regular e reforça a sua disponibilidade durante a época natalícia”, acrescenta António Carvalho, temp & perm business director da Gi Group, notando ainda que os estrangeiros “encaram estas oportunidades como uma forma de integração no mercado de trabalho”.

Por sua vez, Daniela Lourenço, brand leader da Manpower, assinala que os perfis de candidatos são “cada vez mais diversos”, contudo, entre os principais candidatos, para além dos já referidos, incluem-se “pessoas com mais de 45 ou 50 anos, com muita experiência, que valorizam a possibilidade de se manterem ativas com horários ajustados às suas realidades”

Também a iU Talent assinala que o “perfil é diverso, multigeracional e multicultural”, destacando os “jovens estudantes que procuram rendimento extra e adquirir experiência profissional”, “pessoas em transição de carreira ou que querem complementar o rendimento familiar”, bem como “profissionais estrangeiros que veem nestas oportunidades uma forma de se integrar no mercado português”.

As recrutadoras ouvidas pela Lusa admitiram dificuldades em contratar trabalhadores para funções “técnicas e operacionais”, nomeadamente para a área logística, transporte ou até empregados de mesa, para fazer face ao habitual ‘pico’ de atividade no Natal.

Para colmatar estas dificuldades e atrair candidatos, as empresas ‘acenam’ com incentivos como prémios de desempenho, subsídios de refeição e transporte ou a possibilidade de integração futura.

“Além do salário competitivo, as empresas que oferecem incentivos como horários flexíveis, subsídios de refeição e transporte, e bónus de desempenho, ajudam a atrair candidatos motivados e a fomentar a retenção mesmo em contratos sazonais”, adianta António Carvalho.

“Se um trabalhador temporário se destaca nesta época, aumenta a hipótese de ser recontratado, ou mesmo, de entrar como efetivo para a entidade empregadora”, acrescenta a iU Talent.

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