Uma utente relatou à agência Lusa dificuldades no agendamento deste exame, referindo que o IPO de Lisboa a informou, por escrito, não dispor de vagas suficientes para todos os pedidos e que estava prevista a sua realização fora do Instituto Português de Oncologia.
Contactado pela Lusa, o IPO de Lisboa reconhece que, nos últimos anos, se tem verificado “um aumento significativo do número de exames solicitados e realizados, resultado do crescimento dos programas de rastreio e do acréscimo de doentes em tratamento”.
Esta situação torna “mais complexa” a gestão dos diferentes pedidos, quer dos doentes internos, quer dos doentes referenciados ao Instituto, refere, sublinhando que a instituição “cumpre os protocolos de segurança e qualidade em vigor na realização de meios complementares de diagnóstico”.
“Na área de Radiologia, as ressonâncias magnéticas da mama constituem um dos exames que mais têm contribuído para este aumento de atividade, com um acréscimo de cerca de 18% nos últimos cinco anos”, destaca.
Sublinha que a gestão dos agendamentos é efetuada de acordo com a situação clínica do doente e com o objetivo clínico do exame, sendo atribuída prioridade às ressonâncias magnéticas com finalidade de diagnóstico, estadiamento tumoral ou avaliação da resposta ao tratamento, exames esses que podem ser determinantes para a decisão terapêutica, nomeadamente cirúrgica.
“Os exames de vigilância integram igualmente a resposta assistencial do IPO Lisboa, apresentando, contudo, uma janela temporal de realização mais alargada”, sublinha.
Para a sua execução atempada, o Serviço de Radiologia faz um planeamento programado dos agendamentos e promove a referenciação dos doentes em remissão para vigilância nos cuidados de saúde primários.