Em declarações à Lusa, o presidente do sindicato, Luís Bravo, disse que as supressões serão idênticas às de segunda-feira, dia do primeiro dia da paralisação que irá decorrer até dia 13 de novembro, tendo abrangido dois comboios Intercidades com partida de Lisboa Santa Apolónia às 15:30 e 17:30.
Segundo o dirigente sindical, a greve abrange todos os comboios Intercidades realizados com carruagens tipo Arco, compradas à espanhola Renfe e usadas pela CP sobretudo em serviços de médio curso, e quaisquer composições intercidades com mais de sete carruagens. Luís Bravo acrescentou que, no período da greve, a CP reduziu o número de comboios com carruagens Arco para apenas um.
O presidente do sindicato denunciou ainda que a administração da empresa tentou minimizar o impacto da greve com a redução de carruagens.
“Para que não haja supressões de comboios [a CP] reduziu o número de carruagens em todos comboios”, apontou o responsável, acrescentando que “antes da greve os comboios Intercidades na linha do Norte circulavam quase todos com 8 carruagens”.
A greve parcial, que decorre entre 03 e 13 de novembro, foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante para denunciar o incumprimento do acordo de 2023 sobre a humanização das escalas e alegadas falhas de segurança, como a sobrelotação e o uso de carruagens incompatíveis entre si.
Sobre as escalas longas, Luís Bravo explicou que há revisores que percorrem mais de 600 quilómetros num único dia, transportando milhares de passageiros.
A CP garantiu na segunda-feira “cumprir integralmente o acordo laboral” celebrado com o sindicato e rejeitou qualquer falha de segurança, assegurando que “todas as intervenções de manutenção são executadas de acordo com o Manual de Manutenção”.