Mais uma morte fetal investigada: Família aponta “negligência” em Coimbra

O caso ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal. Um bebé morreu na barriga da mãe, que estava em final de gravidez.

© D.R.

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) está a analisar a morte de um bebé no final da gravidez, em Coimbra, após a família ter acusado o hospital de negligência e falta de assistência médica, segundo o regulador.

O caso noticiado hoje pelo Correio da Manhã ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal.

Segundo o jornal, a grávida estava em final de gravidez, que foi acompanhada na maternidade Bissaya Barreto, onde teve a última consulta na quinta-feira sem lhe ter sido detetado qualquer tipo de problema.

O Correio da Manhã adianta que a família acusa o hospital de negligência e falta de assistência médica e que irá avançar com uma queixa contra a ULS de Coimbra.

Contactada pela Lusa, a ERS afirmou que “tomou conhecimento da situação através de notícias difundidas nos órgãos de comunicação social, encontrando-se a analisar a situação no âmbito de um procedimento administrativo em curso”.

Também contactada pela Lusa, a ULS de Coimbra relatou que uma grávida com 37 semanas e 3 dias, após episódio de hemorragia no domicílio, deu entrada no dia 1 de novembro, às 22h29, na urgência da Maternidade Dr. Daniel de Matos.

“Tratava-se de uma grávida seguida na Maternidade Bissaya Barreto (MBB), com vigilância e evolução adequadas”, refere a instituição, adiantando que a utente tinha tido uma consulta a 29 de outubro, com avaliação clínica completa, ecografia e cardiotocografia, com todos os parâmetros dentro da normalidade.

Segundo a ULS, quando a grávida chegada à urgência foi decidido o seu internamento, bem como a realização de exames complementares de diagnóstico, indicados neste contexto, tendo a cardiotocografia detetado “ausência de vitalidade fetal, imediatamente confirmada através de ecografia”. 

Adianta que foi realizada cesariana, por indicação clínica prévia por patologia ginecológica preexistente, e que os “dados ecográficos e de geneticista confirmaram sinais de morte fetal prévia”.

“Tal como protocolado nestas situações, foi desencadeado estudo anatomopatológico, do qual se aguardam resultados”, acrescenta.

A ULS sublinha que “a grávida foi devidamente esclarecida da situação e oferecido apoio psicológico”.

De acordo com a instituição, a utente revela uma boa evolução pós-operatória, continuando internada e devidamente acompanhada.

“A ULS de Coimbra manifesta sincera empatia e solidariedade para com a mãe e a família”, refere na resposta escrita à Lusa.

O CM conta que, no fim-de-semana, a mulher se sentiu mal e foi encaminhada para a maternidade Daniel de Matos, onde diz que os sinais vitais do bebé estavam bem, depois de ali ter dado entrada, mas terá estado muito tempo sem qualquer tipo de assistência e monitorização.

Quando voltou a ser vista pela equipa médica, foi-lhe comunicado que o bebé estava morto e ficou várias horas à espera que o retirassem do seu ventre. Já depois disso a grávida terá tido complicações e esta segunda-feira terá ido ao bloco operatório, segundo disse a sua irmã Vera Carvalho.

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