Ao todo, 410 obras de 40 países europeus e 143 regiões compõem a lista de nomeados para esta edição do galardão, que distingue a excelência e a inovação na arquitetura contemporânea europeia, revelam os organizadores, em comunicado.
Portugal candidata-se com a Adega Quinta de Adorigo (Tabuaço), do atelier Sérgio Rebelo; a Reabilitação de Edifícios do Bairro do Cerco do Porto, dos gabinetes José Gigante Arquiteto e Virgínio Moutinho Arquitetos; o Campo de Futebol Laje (Oeiras), de Miguel Marcelino; o Edifício 4 do ISCTE-UL (Lisboa), da Equipa de Reabilitação e Expansão do Campus do ISCTE; o 1818URCAR – Reabilitação do Espaço Público da Avenida Carvalho Araújo (Vila Real), do atelier Belém Lima Arquitetos; e o Edifício “A Nacional” (Porto), da equipa Menos é Mais Arquitetos Associados.
Estão igualmente nomeados o prédio de apartamentos na Rua Roberto Ivens (Matosinhos), da autoria do atelier Ursa; o Bairro Padre Cruz Market Hall (Lisboa), do gabinete REDO arquitetos; o Complexo de Saúde de Carcavelos, de Simão Botelho, com Stúdio J e Duoma; a Sede da Corcet (Penafiel), de Nuno Melo Sousa; Graça Funicular (Lisboa), do Atelier Bugio; e o Hotel Lince Santa Clara (Vila do Conde), do Atelier Carvalho Araújo.
Esta 19.ª edição do prémio, realizada com o apoio do Programa Europa Criativa da União Europeia, reflete a diversidade, a criatividade e a riqueza do panorama arquitetónico europeu, segundo os organizadores.
As nomeações foram apresentadas por uma vasta rede de associações nacionais de arquitetura, peritos independentes e pelo Comité Consultivo, e incluem as obras mais significativas concluídas entre maio de 2023 e abril de 2025.
A partir desta lista, o júri irá selecionar 40 projetos, a anunciar em janeiro de 2026, reduzindo depois a lista a sete finalistas em fevereiro.
Na primavera, os jurados visitarão os locais das obras finalistas, reunindo-se com arquitetos, clientes, utilizadores e comunidades locais.
Os vencedores nas categorias de Arquitetura e Arquitetura Emergente serão anunciados em abril de 2026, na cidade de Oulu (Finlândia) – uma das Capitais Europeias da Cultura 2026 -, numa celebração dos projetos que definem o futuro da arquitetura europeia, acrescenta o comunicado.
Nas palavras de Normunds Popens, diretor-geral adjunto da Direção-Geral da Educação, Juventude, Desporto e Cultura da Comissão Europeia, “a arquitetura não é apenas uma questão técnica ou estética, é uma questão cultural, ambiental e democrática, que reflete os valores europeus partilhados, como a diversidade cultural, a sustentabilidade, a democracia e a solidariedade”.
“Os EUmies Awards 2026 celebram o melhor da arquitetura europeia, um projeto partilhado que traduz a criatividade, a inovação e o compromisso do nosso continente com um presente sustentável”, acrescentou Laia Bonet, presidente da Fundació Mies van der Rohe e vice-presidente da Câmara Municipal de Barcelona.
O júri internacional é composto por Smiljan Radić, Carl Bäckstrand, Chris Briffa, Zaiga Gaile, Tina Gregorič, Nikolaus Hirsch e Rosa Rull, que irão agora reunir-se para selecionar as 40 obras de arquitetura a anunciar em fevereiro, das quais sairão as sete finalistas.
Os EUmies Awards, criados pela Comissão Europeia e pela Fundació Mies van der Rohe, são considerados uma das mais importantes distinções da arquitetura europeia, reconhecendo projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável e cultural do espaço urbano europeu.
A primeira edição do Prémio Mies van der Rohe, instituído em 1988, teve como vencedor o arquiteto português Álvaro Siza, com o edifício do antigo banco Borges & Irmão, em Vila do Conde.