A rejeição da proposta desencadeou uma mobilização massiva online, transformando a petição numa das mais subscritas em Portugal e reacendendo um debate nacional sobre prioridades no uso de fundos públicos.
A petição, dirigida ao presidente da Assembleia da República, argumenta que Portugal atravessa uma fase de fragilidade económica, com serviços públicos em crise e impostos elevados, e que por isso não é justificável canalizar verbas dos contribuintes para a construção de mesquitas. Os autores defendem que o princípio da igualdade religiosa não implica financiar todas as confissões e que o Estado tem o dever de preservar a cultura e a identidade do povo português, maioritariamente cristão segundo diversos estudos de opinião.
O tema ganhou novo destaque quando a proposta do CHEGA para impedir esse financiamento deu entrada no Parlamento, que acabou por ser chumbada.
Nas redes sociais, multiplicam-se críticas ao que muitos consideram uma “inversão completa das prioridades nacionais”, com cidadãos a defender que, perante dificuldades na saúde, na habitação e nos serviços essenciais, o Estado não deve financiar infraestruturas religiosas.
Com a petição a ultrapassar rapidamente milhares de assinaturas, estando próxima de alcançar as trinta mil, aumenta a pressão para que o tema regresse à Assembleia da República. A entrega formal do documento deverá ocorrer em breve, potenciando um novo debate sobre o destino dos dinheiros públicos e o papel do Estado no apoio a construções religiosas.