A Polícia Judiciária (PJ) realizou esta terça-feira uma operação de grande envergadura na Câmara Municipal de Mirandela e em várias empresas privadas, no âmbito de uma investigação a alegadas ilegalidades na área do urbanismo. Em causa estão suspeitas de prevaricação, participação económica em negócio e violação das regras urbanísticas.
A operação foi conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real e culminou na constituição de seis arguidos, segundo informação oficial divulgada pela PJ. As diligências incluíram a execução de mandados de busca na autarquia e em entidades empresariais, tendo sido já apreendidos diversos elementos probatórios considerados relevantes para o inquérito.
No centro da investigação estão procedimentos de contratação pública, relacionados com decisões urbanísticas que poderão ter beneficiado interesses privados, em detrimento da legalidade e da transparência exigidas à administração pública.
O inquérito é tutelado pelo Ministério Público, através do DIAP do Porto, que acompanha o desenvolvimento do processo e avaliará agora o material recolhido para apurar responsabilidades criminais.
A operação lança uma sombra pesada sobre a gestão urbanística no município transmontano e volta a colocar o foco na atuação das autarquias e na forma como são conduzidos processos sensíveis envolvendo obras, licenciamentos e interesses económicos.
A investigação prossegue e não estão afastados novos desenvolvimentos.