O número de urgências encerradas durante o período de Natal deste ano é inferior ao registado na mesma altura de 2024, quando foram encerrados novos serviços de obstetrícia e ginecologia e de pediatria nos dias 24 e 12 no dia 25 de dezembro.
De acordo com as Escalas de Urgência do SNS, consultadas às 14h00 de hoje pela Lusa, está previsto o encerramento na véspera e no dia de Natal das urgências de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Distrital de Santarém, do Hospital São Bernardo, em Setúbal, no Hospital de Portalegre e no Hospital de Portimão.
Está também previsto o fecho na quarta-feira da urgência de Pediatria do Hospital Distrital de Torres Vedras e, no Dia de Natal, o serviço de urgência de Obstetrícia do Hospital Distrital das Caldas da Rainha.
Na sexta-feira, deverão estar encerradas as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais de Portimão, de Portalegre, do Barreiro, de Setúbal, de Vila Franca de Xira (Obstetrícia) e de Santarém.
Nestes três dias, a resposta de urgência às grávidas na Península de Setúbal, uma região do país que tem apresentado maiores dificuldades no funcionamento das urgências de obstetrícia e ginecologia, será também assegurada pelo Hospital Garcia de Orta, em Almada.
Para salvaguardar os impactos da tolerância de ponto no Serviço Nacional da Saúde, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, inveja um despacho às unidades locais de saúde no sentido de que devem garantir profissionais suficientes para manter os serviços essenciais em funcionamento.
Em declarações aos jornalistas na segunda-feira, o ministro concluiu que, na saúde era impossível que o dia pudesse ser gozado por todos os profissionais para se dar resposta aos doentes, mas garantiu que os profissionais de saúde também têm direito a ela.
“A tolerância de ponto, no caso da saúde, teve que ser tratada de uma maneira diferente, através de despacho próprio, não só por causa da urgência, mas, acima de tudo, por causa daquilo que são os internamentos, porque, tendo em conta que o dia 26 é uma sexta-feira, não podemos ter doentes que, podendo ter alta clínica, fiquem estacionados no hospital”, disse Ana Paula Martins.
Os constrangimentos dos serviços de urgência devem-se, sobretudo, à falta de médicos especialistas para garantirem as escaladas, uma situação que é mais frequente em períodos como o Natal, final de ano, e fins de semanas prolongadas.
As autoridades de saúde apelam à população para que, antes de se deslocar a uma urgência, contactem a Linha SNS24 (808 24 24 24) para receber orientação adequada.