Convido os leitores a refletirem sobre este assunto tão importante e urgente – o aumento da criminalidade em Portugal e a “aparente” estratégia da esquerda em promover uma imigração descontrolada e irresponsável. Nos últimos anos, a população estrangeira passou de 436.020 (2009) para 781.247 (2022), quase que duplicou, e a comunidade brasileira mais que dobrou de aproximadamente 107 mil para cerca de 240 mil (Pordata). Atraídos pela qualidade de vida, pelos serviços públicos, e em especial pela segurança, o interesse dos estrangeiros em viver e trabalhar em Portugal tem aumentado de forma categórica. A segurança, por exemplo, foi a principal razão da migração da nossa família há mais de 12 anos. Fui vítima de cerca de 20 assaltos à mão armada no Brasil. Em nosso país, e em especial em nosso estado – Pernambuco, cada vez mais tem aumentado a criminalidade, principalmente este ano, diante do desgoverno da esquerda. Atualmente, há uma média de 12 mortes por dia em Pernambuco decorrente da violência nas ruas, segundo afirmou o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) no Seminário Veritas Liberat realizado este mês na Europa. A criminalidade violenta em Portugal também vem a aumentar. Em 2022 subiu 14,4%, e nos primeiros quatro meses de 2023, o aumento foi de 10,5%, tendo a delinquência juvenil um assustador crescimento de 32,5%, de acordo com os dados da PSP/GNR e do Relatório de Segurança Interna (RASI). Entre os crimes que mais subiram constam o roubo na via pública e o roubo por “esticão”, o que é muito comum em meu país de origem. Quem é brasileiro sabe do que falo. Certamente contribuímos para este aumento no índice dos crimes cometidos, principalmente pelos jovens. Senão, vejamos, a falta de controlo de quem entra no país – devido a tal política de portas abertas – faz com que entre todo o tipo de gente, inclusivamente os grupos criminosos como o PCC (a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil). Outro facto contributivo é a promoção, que os partidos irresponsáveis fazem, ao consumo de droga, quando se pretende descriminalizar quem consome. Recentemente o parlamento aprovou a descriminalização de drogas sintéticas, e nós do CHEGA, fomos o único partido que votou contra. O diploma recebeu os votos a favor do PS, IL, BE, PCP, PAN e Livre, e a abstenção do PSD e de nove deputados socialistas. Para aqueles mais atentos, esperem também pela nova droga sintética que tem causado dores de cabeça às autoridades policiais brasileiras, a chamada K9 ou zumbi. Segundo a polícia esta fórmula surgiu nos presídios comandos pelo PCC, aquele grupo que já se instalou em Portugal, lembram? Vejam, então, quanta “coincidência”, este aumento exponencial da população imigratória a partir de 2009 foi a na mesma altura em que foi dado o primeiro alerta sobre a presença do PCC em Portugal por meio de um relatório do Departamento do Estado norte-americano, o que parece ter sido desvalorizado pela PJ e pelo SEF. No entanto, em Braga, o professor e investigador de Direito Penal e Constitucional, Gonçalo S. de Melo Bandeira, alertou ao país através da sua publicação no Diário do Minho, sob o título “Crime Organizado Brasileiro em Portugal e UE”. Este bracarense, acompanhou no Brasil as atividades do PCC e do Comando Vermelho entre os anos de entre 2011 e 2019. Ele sabe quão perigoso é ter as “portas escancaradas”. Há relação ou não entre criminalidade e imigração? Em números não podemos afirmar, mas podemos inferir e nos preocupar com o que pode (ou com que já está a) acontecer e denunciar este fenómeno desenfreado da imigração em Portugal. Quer haja relação ou não, é importante também reflectirmos: Portugal está preparado para receber, dentro da sua estrutura de segurança (e outros serviços – habitação, saúde etc), um número elevado de migrantes? O reforço das forças de Segurança Pública é proporcional à chegada das novas comunidades? Acredito que não. E isto muito me preocupa. Não quero reviver, o que infelizmente vivi no meu país. Urge, portanto, ser mais exigente com quem entra para conseguir ser mais responsável com quem já está!