Num comunicado assinado pelo secretário-geral, Alexandre Galiza, a JSD Distrital do Porto lamenta que a sociedade civil esteja “cada vez mais distante” dos partidos, que “entrincheiraram-se em núcleos base”.
A distrital defende que a eleição através de primárias “irá ajudar a alargar a base de representatividade e, sobretudo, a legitimidade do presidente eleito”.
As primárias “aproximam o partido dos cidadãos que não têm militância ativa, mas que se interessam pelo PSD, pela política e pelo país, em especial num momento em que os partidos são vistos como cada vez menos representativos”, referiu o comunicado.
A proposta enviada à Lusa prevê que as primárias sejam precedidas por um congresso ordinário, no qual qualquer militante poderá apresentar uma lista candidata à liderança do PSD.
Apenas poderiam ir a eleições primárias as listas que obtivessem, pelo menos, 15 dos votos dos congressistas, o que “incrementa o debate prévio entre os potenciais candidatos”, sublinhou a JSD Distrital do Porto.
Além disso, o PSD manteria “o mínimo de controlo desejável sobre as eleições primárias subsequentes, evitando a eventual captura por grupos de interesses” assim como “ingerências externas”, referiu a proposta.
Aqueles que não são militantes do PSD poderiam votar nas primárias do partido desde que se inscrevessem como simpatizantes, acrescenta o documento.
A eleição do líder através de primárias é uma das quatro propostas da JSD Distrital do Porto para “aproximar o partido à sociedade”, que incluem ainda “uma política de sede aberta” e “mais autonomia na elaboração das listas”.
Na segunda-feira, um grupo de conselheiros nacionais do PSD pediu também à direção do partido para propor que o líder social-democrata passe a ser escolhido através de primárias.