“Esta proposta de Plano e de Orçamento está a agravar a situação da região e a conduzi-la para um beco sem saída e, por responsabilidade para com os Açores, para com as próximas gerações, para com as presentes gerações de açorianos, o Partido Socialista não pode votar a favor desta proposta. Por responsabilidade para com o futuro dos Açores, o Partido Socialista não pode ficar indiferente e só pode, em nome dos Açores, votar contra esta proposta de Plano e de Orçamento”, afirmou Vasco Cordeiro.
O líder regional socialista falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, no arranque de umas jornadas parlamentares do partido.
Com o voto contra do PS, é quase certo o chumbo do Plano e do Orçamento da região para 2024 na Assembleia Legislativa dos Açores, documentos que serão votados na semana de 20 a 24 de novembro.
PSD, CDS-PP e PPM formaram governo nos Açores, em novembro de 2020, com acordos parlamentares com Chega e Iniciativa Liberal, que lhes asseguravam a maioria de deputados na Assembleia Legislativa dos Açores.
Apenas o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) já anunciou um voto favorável aos documentos, o que, com os partidos da coligação, soma 27 votos de um total de 57 assentos (para viabilizar a aprovação são necessários 29).
O deputado da Iniciativa Liberal já anunciou que iria votar contra as propostas de Plano e Orçamento.
Os deputados do Chega e do PAN revelaram, em entrevistas à Antena 1/Açores, que não iriam votar favoravelmente, e o líder do BE/Açores anunciou hoje na rádio pública o voto contra do partido.
Em 30 de outubro, o PSD/Açores assegurou que o Governo Regional não se iria demitir caso o Plano e o Orçamento da região para 2024 fossem chumbados.