Estados Unidos juntam-se à NATO no abandono de tratado de armas convencionais

Os Estados Unidos anunciaram hoje que apoiam a decisão da NATO de suspender as suas obrigações ao abrigo do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa (CFE), após a saída da Rússia.

A decisão da NATO aconteceu após a Rússia se te retirado do CFE e depois deste país ter insistido nas suas ações militares na Ucrânia, o que os EUA agora invocam para se associarem a esta decisão dos restantes países da Aliança.

Em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano diz que a suspensão de obrigações do CFE é consistente com as regras do direito internacional e invoca “a mudança fundamental de circunstâncias causada pela combinação da retirada da Rússia do tratado CFE e da sua contínua guerra de agressão em grande escala contra a Ucrânia”, que também é membro deste acordo europeu.

A diplomacia norte-americana também anunciou que esta suspensão de obrigações entrará em vigor em 07 de dezembro e lembra que outros parceiros do tratado, que não integram a NATO, também apoiam esta retirada, em resposta às posições de Moscovo.

“O contínuo comportamento desestabilizador da Rússia mina os princípios fundamentais do controlo de armas de reciprocidade, transparência, conformidade e verificação, que têm sido durante décadas a base da arquitetura de segurança euro-atlântica”, pode ler-se no comunicado do Departamento de Estado.

Ainda assim, os Estados Unidos não consideram que a retirada da Rússia do CFE possa ter qualquer impacto na sua postura de ameaça.

“No entanto, a sua retirada sinaliza um esforço adicional de Moscovo para minar décadas de progresso alcançado no sentido da construção de transparência e abordagens cooperativas”, diz o Departamento de Estado norte-americano.

Os EUA asseguram que consultaram os seus parceiros da NATO, para tomar esta decisão sobre o CFE, em negociações que concluíram que não faz sentido continuarem vinculados a um tratado que Moscovo abandonou.

O Departamento de Estado garante ainda que o seu país e a NATO “continuam empenhados num controlo eficaz de armas convencionais, como um elemento crítico da segurança euro-atlântica”.

Na passada semana, o Presidente russo, Vladimir Putin, também assinou a revogação de ratificação do Tratado de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares (CTBT).

No entanto, a diplomacia russa assegurou que o país continua a ser “signatário, com todos os direitos e obrigações que isso implica”.

O tratado, assinado em 1996, nunca entrou em vigor por não ter sido ratificado por um número suficiente dos 44 países que possuíam instalações nucleares na altura em que foi criado, incluindo, por exemplo, os EUA.

Últimas do Mundo

Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram esta manhã os meios de comunicação do Líbano.
O Governo do Laos disse hoje estar "profundamente entristecido" pela morte de seis turistas ocidentais, alegadamente após terem bebido álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, uma cidade do noroeste do país, popular entre mochileiros.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, reuniu-se com o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira em Palm Beach, Florida, anunciou este sábado a porta-voz da Aliança Atlântica.
O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.
O Centro de Jornalistas do Afeganistão (AFJC, na sigla em inglês) acusou hoje o governo dos talibãs de ter imposto restrições graves aos meios de comunicação social no país através de decisões extralegais.