Caos nos hospitais com pacientes a aguardarem 18 horas para serem atendidos

O frio e uma maior circulação de vírus respiratórios tem levado milhares de pessoas às urgências das unidades hospitalares um pouco por todo o território, sendo a região de Lisboa a que tem apresentado maior caos no atendimento aos pacientes.

© D.R

Na última quarta-feira, os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais da região de Lisboa chegaram a variar entre as quase 18 horas no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e as 01:06, no Garcia de Orta, em Almada.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, consultados pela agência Lusa, chegou a haver 60 doentes com pulseira amarela (urgente) no serviço de urgência geral do hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), com um tempo médio de espera de 17 horas e 56 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos.

No Hospital Santa Maria, o tempo médio de espera alcançou as 07 horas e 53 minutos para 23 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central, enquanto no serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, 45 pessoas aguardaram com pulseira amarela, com um tempo de espera de 13 horas e 47 minutos.

Na região do Porto, a afluência às urgências foi menor com o Hospital S. João a registar, também na quarta-feira, um tempo médio de espera de 01 hora e 57 minutos para doentes muito urgentes e de 03 horas e 11 minutos para doentes urgentes

Já no Hospital Santo António, o tempo de espera para doentes urgentes chegou a ser de 04 horas e 55 minutos, enquanto no Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes foi de 05 horas e 48 minutos.

A contribuir para estes tempos de espera está a maior afluência aos hospitais no pós-Natal, na larga maioria devido a infeções respiratórias. Segundo os especialistas, o pico da gripe chegou, este ano, mais cedo e veio acompanhado de outras infeções respiratórias, como o covid-19 e a gripe A.

Aliás, nestes últimos dias o vírus da gripe A foi o grande responsável por 96,9% dos casos de gripe que levaram tanta gente às urgências das unidades de saúde.

De referir ainda que o facto de os médicos não estarem a fazer horas extraordinárias também contribui para um maior número de horas de espera, bem como as festividades que levam muitos profissionais a gozarem de tolerância de ponto e férias.

Como é feita a triagem no hospital?

A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).

Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).

Últimas do País

A Polícia Judiciária (PJ) já está a disponibilizar o heliporto que fica situado na sua sede, em Lisboa, ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para transporte de órgãos.
Os hospitais públicos devem garantir que têm profissionais suficientes para poder dar altos aos utilizadores nos três dias em que o Governo concedeu tolerância de ponto, segundo um despacho a que a Lusa teve acesso.
Sete homens, com idades entre os 30 e os 41 anos, foram detidos por tráfico de droga nos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos (distrito de Santarém), Sintra (Lisboa), Setúbal e Vendas Novas (Évora), revelou hoje a GNR.
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) manifestou hoje preocupação com o alerta dos internistas da ULS do Tâmega e Sousa sobre a sobrecarga assistencial, assegurando que irá acompanhar o processo e intervir para promover soluções.
A Agência Portuguesa do Ambiente chumbou as alterações que o consórcio AVAN Norte queria fazer à linha de alta velocidade, nomeadamente alterar a estação de Gaia e construir duas pontes, segundo uma decisão a que a Lusa teve acesso.
A produção de vinho em Portugal teve uma quebra de 14% na campanha de 2025/2026, para 5,9 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
O Hospital de Vila Franca de Xira tem mais de 80 camas contratualizadas para doentes que já tiveram alta clínica, num investimento superior a seis milhões de euros por ano, revelou hoje o presidente do conselho de administração.
Os preços dos bilhetes nos serviços CP vão aumentar, em média, 2,26% em 2026, mas o custo dos passes não vai ter alterações, anunciou hoje a empresa.
O bolo-rei foi a última grande mudança na ceia de Natal tradicional portuguesa. Mais de 100 anos depois de sua introdução, o investigador acredita que este doce poderá começar a perder a centralidade que conquistou.
A GNR e a PSP detiveram nos últimos quatro dias uma média de 76 condutores por dia por excesso de álcool no sangue, no âmbito de operações de fiscalização mais rigorosos em virtude da quadra festiva.