Sobe para 64 o número de mortos após terramoto no Japão

As autoridades japonesas elevaram para 64 o número de mortos no terramoto que atingiu o centro-oeste do país na segunda-feira, sublinhando que as equipas de socorro estão a enfrentar uma meteorologia desfavorável para o resgate das vítimas.

© D.R.

 

Anteriormente, um funcionário da autarquia de Ishikawa, que não se quis identificar, falou à agência de notícias France-Presse (AFP) em “62 mortos” e disse que mais de 300 pessoas ficaram feridas, 20 das quais com gravidade.

Ao longo das estradas, muito danificadas ou bloqueadas pela queda de árvores, grandes placas alertam para possíveis deslizamentos de terra.

As autoridades pedem cautela devido às fortes chuvas que estão a cair hoje e às suas consequências em toda a península de Noto, na província de Ishikawa, uma longa e estreita faixa de terra que se estende até ao Mar do Japão.

“Estejam atentos a deslizamentos de terra até hoje à noite”, alertou a Agência Meteorológica do Japão (JMA).

Algumas áreas ficaram instáveis devido ao terramoto que ocorreu na segunda-feira às 16:10, no horário local (07:10 em Lisboa), que atingiu uma magnitude de 7,5 na escala de Richter segundo o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS) e 7,6 de acordo com a JMA.

A região centro-oeste do país, nomeadamente a província de Ishikawa, foi atingida por várias centenas de réplicas – algumas também fortes – desde este terramoto e o tsunami que se seguiu na segunda-feira, que provocou ondas de mais de um metro que varreram muitos barcos, encalhados nos cais, ou as estradas à beira-mar.

Milhares de edifícios na península de Noto foram total ou parcialmente destruídos pelo desastre e ainda podem ser destruídos por tremores secundários, tornando as operações de resgate delicadas. A cada alerta, as equipas de resgate devem se retirar dos escombros com urgência.

O número de vítimas poderá ainda aumentar, uma vez que as buscas deverão durar mais alguns dias nas zonas rurais e em aldeias de difícil acesso.

Mais de 31.800 pessoas refugiaram-se em centros de alojamento instalados em diferentes aldeias, segundo as autoridades japonesas, e quase 34.000 casas ainda estão sem eletricidade na província de Ishikawa.

Mais de 115 mil casas em Ishikawa e em outras duas províncias também estão privadas de água, informou hoje o Governo japonês.

Localizado no Anel de Fogo do Pacífico, o Japão é um dos países com sismos mais frequentes no mundo.

Últimas do País

O Tribunal Arbitral decidiu definir serviços mínimos para a greve da CP a partir de domingo e até quarta-feira, abrangendo a paralisação marcada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ou seja, dos revisores e bilheteiras.
O número de inscritos para votar antecipadamente é o maior de sempre, com 333.347 eleitores a aderirem à modalidade, avançou hoje ministério da Administração Interna (MAI).
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou hoje uma greve às novas provas de monitorização das aprendizagens (ModA) do 4.º e do 6.º anos de escolaridade, que substituem as anteriores provas de aferição.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai acionar, na segunda-feira, uma operação de dois dias para garantir a segurança dos peregrinos que se deslocam ao Santuário de Fátima.
Cerca de cinco meses após a entrada em vigor da comparticipação de medicamentos para antigos combatentes, ainda há quem não consiga ter este benefício quando vai à farmácia, uma situação que o ministério diz ser residual.
O Infarmed mandou recolher os lotes de soro fisiológico fabricados pela GSL – Produtos Químicos e Farmacêuticos e suspendeu o fabrico nas instalações desta empresa, em São Domingos de Rana (Cascais), onde foram detetadas irregularidades.
A circulação de comboios está hoje parada devido à greve dos maquinistas da CP – Comboios de Portugal, disse à Lusa uma fonte sindical, apontando uma adesão de 100% dos trabalhadores à paralisação.
O Tribunal Judicial de Leiria condenou hoje um homem a 22 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado da mulher, em maio de 2024, no concelho de Porto de Mós.
Cerca de 1.700 quilogramas de haxixe, lançados ao mar por tripulantes de uma embarcação de alta velocidade, que fugiram, foram hoje apreendidos no Rio Guadiana, numa operação das polícias portuguesas e espanholas, informou a GNR.
O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) rejeitou hoje que a greve na CP tenha motivações políticas e responsabilizou o Governo pelo transtorno causado às populações, por não cumprir um acordo negociado.