De acordo com o barómetro anual Informa D&B, as atividades que registaram maiores crescimentos em novas empresas face a 2022 foram transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, que cresceram cerca de 50% para 4.791 constituições, construção de edifícios (+12% para 3.492 constituições) e alojamento e restauração (+10%, para 1.843 constituições).
Já os setores das atividades imobiliárias (-17%), tecnologias de informação e comunicação (-2%) e indústrias (-3%) foram os que recuaram em termos de novas constituições.
“Atividades imobiliárias e TIC invertem a tendência de crescimento dos últimos anos. Nas indústrias, responsáveis pelo maior volume de negócios e exportações do tecido empresarial, o recuo de 2023 reforça uma tendência decrescente verificada na última década”, refere o relatório.
Quanto aos encerramentos e insolvências, e de acordo com dados provisórios, uma vez que há publicações que ainda não foram feitas no Registo Central, no ano passado foram encerradas 13.362 empresas e organizações, menos 9,0% que em 2022.
Ainda assim, e “analisando a tendência dos últimos meses, é de esperar que os encerramentos de empresas em 2023 superem os de 2022, assinalando o segundo ano consecutivo de subida deste indicador”.
Já as insolvências cresceram 18% em 2023 face a 2022, com 1.917 novos processos, ainda que se mantenha 13% abaixo dos valores de 2019 – o último ano antes da pandemia da covid-19.
“Este crescimento segue-se a dois anos com valores anormalmente baixos neste indicador e que refletiram o efeito de muitas das medidas de apoio iniciados no período pandémico”, refere a consultora.
De acordo com o barómetro, a subida do indicador foi transversal a quase todos os setores, com exceção do alojamento e restauração, agricultura e outros recursos naturais e energias e ambiente.
O setor das indústrias foi o que registou o maior aumento do número de processos de insolvência, tendo havido mais 148 processos, o equivalente a um aumento de cerca de 47%.