Milhares de manifestantes em Telavive pedem eleições e acordo pelos reféns de Gaza

Milhares de manifestantes concentraram-se hoje em frente ao quartel de Kirya, em Telavive, para pedir eleições antecipadas em Israel e um acordo para a libertação de reféns na Faixa de Gaza, segundo a agência Europa Press.

©facebook de Israel Reports

Segundo a agência espanhola, no início da manifestação, em que também foi exigida a demissão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi respeitado um minuto de silêncio em memória dos mais de 500 militares mortos desde 07 de outubro.

Na manifestação também se contestou a lei que liberta os estudantes ultraortodoxos do serviço militar.

Apesar da participação de milhares de pessoas, a adesão ao encontro de hoje ficou abaixo dos níveis registados nos protestos contra a reforma judicial proposta por Benjamin Netanyahu, realizados antes da guerra contra o Hamas.

“Não é tão potente como dantes, mas agora é mais importante que nunca. Antes era um debate sobre a natureza da democracia. Agora é pela vida das pessoas”, afirmou um dos manifestantes, Amit, ao jornal The Times of Israel, citado pela Europa Press.

Na manifestação participou ainda o ex-ministro da Defesa Moshe Yaalon, que atribuiu a Benjamin Netanyahu as responsabilidades pelo ataque do Hamas em 07 de outubro.

“A responsabilidade dos chefes da Defesa é clara (…), pelo que os deixemos lutar com paz mental, mas o senhor, Netanyahu, é responsável, pelo que também é culpado”, argumentou.

Já o tenente Or Scheinberg, ferido gravemente durante a guerra, disse que agora é a “oportunidade de renovar o contrato” que tinha com as sociedades daquela região.

“Nós, judeus e árabes, a direita e a esquerda, vamos fazê-lo juntos (…). Peço ao Governo mais fraco da nossa história: vão embora”, indicou.

Por último, uma sobrevivente do ataque de 07 de outubro que passou dois meses hospitalizada devido à inalação de fumo, Elai Hogeg Golan, culpou o primeiro-ministro israelita de ter impulsionado o Hamas e pediu a convocação de eleições antecipadas.

Golan afirmou que Benjamin Netanyahu financiou o Hamas durante anos e permitiu o massacre, numa acusação acompanhada por gritos de “Culpado” ou “Vergonha”.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 29 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.

Últimas do Mundo

O secretário-geral da NATO propôs hoje, oficialmente, que os líderes da organização concordem, na cimeira deste mês, em Haia, aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB, para cobrir os custos das capacidades militares da organização.
O Dia Mundial do Ambiente centra-se hoje na luta contra a poluição de plásticos, um produto que já contaminou água, alimentos e ar e que cuja produção continua a aumentar, este ano 516 milhões de toneladas.
O presumível autor do atentado contra uma manifestação a favor da libertação dos reféns israelitas em Gaza, que deixou uma dezena de feridos no domingo no Colorado, Estados Unidos, foi acusado na segunda-feira de "crime de ódio".
Um narcossubmarino foi intercetado no Brasil, numa operação conjunta da Polícia Federal brasileira, Polícia Judiciária portuguesa, Polícia Nacional espanhola e a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA).
A Rússia disse hoje que abateu 162 ‘drones’ ucranianos, a maioria dos quais nas regiões de Kursk e Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, na altura em que devem ter início em Istambul novas conversações diretas entre russos e ucranianos.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, confirmou hoje à Lusa a notícia da morte, em combate, na Ucrânia, do cidadão português Jerónimo Guerreiro, e que a família pediu apoio consular para a trasladação do corpo para Portugal.
A Ucrânia vai enviar uma delegação a Istambul para uma nova ronda de negociações de paz diretas com a Rússia na segunda-feira, anunciou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O gabinete político do Hamas reiterou hoje que as emendas do grupo à proposta dos EUA para um cessar-fogo em Gaza não procuram “condições políticas, mas um mínimo de dignidade humana”, após 19 meses de bombardeios israelitas.
Duas pessoas morreram na sequência de um tiroteio, no sábado à noite, no passeio marítimo da cidade de Fuengirola, na província de Málaga, sul de Espanha.
O Papa Leão XIV recebeu hoje milhares de famílias na Praça de São Pedro, defendeu o matrimónio como a união entre homem e mulher, “não como um ideal”, e criticou os que invocam a “liberdade de tirar a vida”.