Telavive vai restringir acesso a templos sagrados durante Ramadão

As autoridades israelitas anunciaram hoje que vão permitir a entrada com restrições de palestinianos da Cisjordânia em Jerusalém e na Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, durante o mês do Ramadão.

© Facebook Israel Reports

O Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios (COGAT), autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, indicou, em comunicado hoje divulgado, que homens com mais de 55 anos, mulheres com mais de 50 e crianças até 10 anos poderão entrar na área às sextas-feiras para rezar na mesquita de al-Aqsa.

Estes palestinianos deverão ter uma licença da COGAT válida, mas que poderá ser revista pelas forças de segurança.

Além disso, as autoridades reservam-se a possibilidade de introduzir modificações à medida que o mês avança, segundo avançou o jornal The Times of Israel.

Embora as autoridades não tenham adiantado pormenores sobre a viabilidade de os palestinianos da Cisjordânia poderem visitar Jerusalém de domingo a quinta-feira durante o Ramadão, confirmaram que os habitantes de Gaza não poderão aceder à área devido à guerra na Faixa.

Na semana passada, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que não haveria restrições ao número de muçulmanos que poderiam aceder à área para rezar durante o Ramadão.

Além disso, o Governo garantiu que não aplicaria restrições especiais aos árabes israelitas no contexto de um aumento da violência no quadro do conflito israelo-palestiniano.

Alguns países da região protestaram contra a imposição de restrições deste tipo na área, incluindo a Jordânia, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Safadi, exigiu que todas as medidas impostas fossem levantadas para facilitar a oração.

Na noite de domingo, as forças de segurança israelitas impediram que centenas de fiéis muçulmanos entrassem na mesquita de al-Aqsa para as suas primeiras orações após o início do Ramadão.

Israel também instalou arame farpado à volta do complexo, perto do Portão dos Leões, segundo a administração palestiniana de Jerusalém.

O Ramadão é o mês sagrado do jejum e da oração na tradição muçulmana, marcado pelo jejum desde o nascer ao pôr-do-sol e cumprido por cerca de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.