Estados Unidos repõem neutralidade da Internet

O regulador dos Estados Unidos repôs o princípio da neutralidade da Internet, impedindo as operadoras de telecomunicações de bloquear ou reduzir a velocidade de acesso a determinados conteúdos.

© D.R.

 

A neutralidade da rede, conceito que protegia a Internet como um serviço público, foi aprovado em 2015, durante a presidência de Barack Obama (2009-2017), mas extinto em 2017 pelo sucessor Donald Trump (2017-2021).

A Comissão Federal de Telecomunicações (FCC, na sigla em inglês) aprovou a medida na quinta-feira, por três votos a dois, com os comissários democratas a favor e os republicanos contra.

Na prática, a neutralidade da Internet exige que os fornecedores de serviços de telecomunicações tratem todo o tráfego de forma igual, eliminando qualquer incentivo para favorecer parceiros comerciais ou obstáculos para prejudicar concorrentes.

Por exemplo, as regras proíbem práticas que restringem ou bloqueiam determinadas páginas ou aplicações, ou que só oferecem velocidades mais elevadas de acesso aos serviços ou clientes dispostos a pagar mais.

“No nosso mundo pós-pandemia, sabemos que a banda larga é uma necessidade, não um luxo”, disse, num comunicado divulgado antes da votação, a líder da FCC, Jessica Rosenworcel, nomeada em 2021 pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.

O diretor jurídico da organização não-governamental Public Knowledge disse que a decisão da FCC não vai mudar a experiência da maioria dos cibernautas, porque muitos estados já tinham aprovado medidas para garantir a neutralidade de rede.

“Alguns dos piores excessos [dos operadores de Internet] foram controlados pela supervisão estadual”, disse John Bergmayer.

A indústria das telecomunicações opôs-se à reintrodução das regras federais, como tinha feito anteriormente, declarando-as um exemplo de interferência desnecessária do Governo em decisões empresariais.

Com cinco comissários, o objetivo da FCC é promover a competição entre os fornecedores de serviços de Internet, monitorizar fusões entre empresas de telecomunicações e regular as transmissões de rádio, televisão, satélite, cabo e ‘online’, entre outros.

Últimas do Mundo

Dois homens ligados ao roubo de joias no Museu do Louvre foram detidos pela polícia no sábado à noite, segundo a France-Presse, que cita fontes ligadas ao caso sem as identificar.
Um sismo de magnitude 5,8 na escala de Richter atingiu esta madrugada a ilha de Hokkaido, no norte do Japão, sem que as autoridades do arquipélago tivessem emitido alerta de tsunami.
A taxa de desemprego em Espanha aumentou ligeiramente no terceiro trimestre, atingindo os 10,45% da força de trabalho, face aos 10,29% do final de junho, segundo os dados oficiais divulgados hoje.
Soam os alarmes em Espanha com o presidente do Governo a preparar a maior regularização da história do país vizinho, abrindo caminho à residência e à nacionalidade para centenas de milhares de estrangeiros sem documentos.
A Comissão e o Parlamento europeus apelaram hoje ao consenso entre os Estados-membros para pôr fim ao acerto sazonal dos relógios na primavera e outono, sublinhando o impacto na saúde de uma prática que "já não serve qualquer propósito".
Quase 37.000 pessoas entraram no Reino Unido desde o início deste ano atravessando ilegalmente o Canal da Mancha, o que supera o número registado em todo o ano de 2024, anunciou hoje Ministério do Interior britânico.
O Museu do Louvre reabriu as portas aos visitantes hoje de manhã pela primeira vez desde o roubo feito no domingo por quatro assaltantes que levaram oito joias, causando um prejuízo estimado em 88 milhões de euros.
O Parlamento Europeu deu hoje “luz verde” à modernização das regras sobre cartas de condução na União Europeia, permitindo que jovens de 17 anos conduzam ao lado de um condutor experiente e a utilização de uma licença digital.
Uma investigação do jornal britânico The Telegraph revelou que dezenas de requerentes de asilo no Reino Unido estão a ser batizados em banheiras de hotéis como forma de reforçar os seus pedidos de residência. O caso está a gerar polémica e a levantar dúvidas sobre o eventual uso fraudulento de conversões religiosas como estratégia para escapar à deportação.
Uma suspeita pelo roubo organizado de pepitas de ouro do Museu Nacional de História Natural francês, em Paris, foi indiciada por aquele crime e continua detida, anunciou hoje a procuradora Laure Beccuau.