UE adota novas regras para combater lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje o pacote legislativo para combater a lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo, que proíbe pagamentos em dinheiro acima de dez mil euros, entre outras medidas.

© D.R.

 

Com o novo pacote legislativo, todas as regras aplicáveis ao setor privado serão transferidas para um novo regulamento diretamente aplicável após publicação no Jornal Oficial da UE, enquanto uma diretiva tratará da organização das autoridades nacionais competentes em matéria de luta contra o branqueamento de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo.

O regulamento harmoniza exaustivamente, pela primeira vez, as regras de combate ao branqueamento de capitais em toda a UE, acabando com as lacunas existentes para os autores de fraudes, alargando as regras de combate ao branqueamento de capitais a novas entidades obrigadas, como a maior parte do setor das criptomoedas, os comerciantes de bens de luxo e os clubes e agentes de futebol.

O regulamento estabelece também requisitos mais rigorosos em matéria de diligência devida, regula a propriedade efetiva e estabelece um limite de dez mil euros para os pagamentos em dinheiro.

A diretiva, por seu lado, tem como objetivo melhorar a organização dos sistemas nacionais de combate ao branqueamento de capitais, estabelecendo regras claras sobre a forma como as unidades de informação financeira – os organismos nacionais que recolhem informações sobre atividades financeiras suspeitas ou invulgares nos Estados-membros – e as autoridades de supervisão trabalham em conjunto.

É ainda criada uma autoridade para as atividades de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo que, para além de supervisionar o setor financeiro, tem poderes para aplicar sanções pecuniárias.

Os Estados-membros têm um prazo de três anos para a transposição das novas regras para o direito nacional.

Últimas de Política Internacional

Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.
O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.
A China denunciou hoje como inaceitável o paralelo que o Presidente francês, Emmanuel Macron, estabeleceu entre a situação na Ucrânia e em Taiwan, ilha que o Ocidente receia que seja invadida por Pequim.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, disse hoje, em Singapura, que os Estados Unidos "não procuram um conflito com a China", mas que não serão expulsos de "região crucial do Indo-Pacífico".