CHEGA quer medidas do Governo para limitar acesso de estrangeiros ao SNS

O CHEGA quer que o Governo faça um estudo urgente que avalie o impacto do "turismo de saúde" e adote políticas para regular e limitar o acesso de cidadãos estrangeiros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

© Folha Nacional

Estas propostas constam de uma resolução hoje divulgada por este partido e que é assinada pelos deputados do CHEGA Rui Cristina, Marta Silva, Felicidade Alcântara e Sandra Ribeiro.

“É fundamental garantir que o SNS continue a servir, em primeiro lugar, os cidadãos portugueses, assegurando a sustentabilidade e a equidade no acesso aos serviços de saúde”, defende-se neste diploma do partido liderado por André Ventura.

Nesta resolução, o CHEGA considera que “o chamado turismo de saúde, que se pode definir como a prática de estrangeiros que se deslocam a Portugal com o objetivo de usufruir dos serviços de saúde sem custos, tem vindo a ganhar relevância nos últimos anos”.

“Este fenómeno, embora possa parecer altruísta à primeira vista, traz consigo uma série de consequências que afetam diretamente o SNS e, por extensão, a economia e a sociedade portuguesa”, refere-se.

Ainda segundo estes deputados do CHEGA, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, “reconheceu recentemente a gravidade do problema , sublinhando que os administradores hospitalares estão cientes desta situação, mas que a falta de dados detalhados impede uma intervenção eficaz”.

“A utilização indevida dos serviços de saúde por estrangeiros representa uma perda financeira significativa para o Estado. Estima-se que o valor das despesas não cobertas pelos países de origem dos utentes estrangeiros ascenda a centenas de milhões de euros, recursos que poderiam ser investidos na melhoria dos serviços de saúde para os cidadãos residentes em Portugal”, sustenta o CHEGA.

O estudo a elaborar pelo Governo, segundo o CHEGA, entre outros dados, deve procurar identificar quais os tratamentos mais procurados, avaliar o impacto económico com o cálculo do custo total dos tratamentos fornecidos a utentes estrangeiros e estimar “as perdas financeiras para o Estado português devido à falta de compensação por parte dos países de origem”.

Entre outras medidas, estes deputados sugerem que Portugal faça “acordos bilaterais com os países de origem dos utentes estrangeiros para garantir a compensação financeira pelos tratamentos fornecidos”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.
André Ventura defende hoje em tribunal que os cartazes que visam os ciganos são uma mensagem política legítima cujas exceções ou retirada representaria um “precedente gravíssimo” e que os autores da ação pretendem um “julgamento político” da sua atividade.
O candidato presidencial André Ventura afirmou que Luís Marques Mendes está “condicionado”, considerando que as verbas recebidas pelos concorrentes a Belém como consultores não são uma questão menor.
A averiguação preventiva à Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, foi arquivada na terça-feira, anunciou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Judiciária entrou esta terça-feira na Câmara de Mirandela e em empresas privadas para investigar alegadas ilegalidades em contratos urbanísticos. O processo envolve crimes de prevaricação e participação económica em negócio, com seis arguidos já constituídos.