Greve dos enfermeiros no Algarve com adesão de cerca de 70%

A greve de dois dias iniciada hoje pelos enfermeiros da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve, para reivindicarem melhores condições laborais e remuneratórias, regista uma adesão de cerca de 70%, revelou o sindicato.

© D.R.

“Estamos a ter uma adesão na volta dos 70%, com quase 100% nos serviços de cuidados intensivos e internamento de pneumologia e medicina 3 no Hospital de Faro”, referiu Alda Pereira, dirigente regional do Algarve do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Numa conferência de imprensa que decorreu à porta do Hospital de Faro, Alda Pereira disse aos jornalistas que “a paralisação está ter um grande impacto” nos hospitais e centros de saúde da região do Serviço Nacional de Saúde.

“No bloco operatório central do Hospital de Faro, dos 10 enfermeiros que deviam estar a trabalhar, quatro estão a fazer greve, e no Centro de Reabilitação do Sul verifica-se uma adesão de 100%”, detalhou.

Os enfermeiros marcaram presença esta manhã à porta da unidade hospitalar de Faro onde colocaram duas tarjas onde se podia ler “faltam 1.000 enfermeiros no Algarve”, pintadas com mãos que simbolizam as 2.000 que faltam na região.

A greve de dois dias convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses na ULS do Algarve, gestora dos hospitais públicos de Faro, Portimão e Lagos e dos centros de saúde arrancou hoje de manhã e decorre até à tarde de sexta-feira.

A paralisação visa protestar contra o que o SEP diz ser “a degradação das condições de trabalho dos enfermeiros no Algarve, seja nos cuidados hospitalares ou nos centros de saúde”.

Os enfermeiros algarvios reclamam também o pagamento das horas extraordinárias em dias feriados, “com um valor por hora que não pode ser pago como se fosse de trabalho normal”, concluiu a dirigente sindical do SEP.

Últimas do País

O Tribunal Arbitral decidiu definir serviços mínimos para a greve da CP a partir de domingo e até quarta-feira, abrangendo a paralisação marcada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), ou seja, dos revisores e bilheteiras.
O número de inscritos para votar antecipadamente é o maior de sempre, com 333.347 eleitores a aderirem à modalidade, avançou hoje ministério da Administração Interna (MAI).
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou hoje uma greve às novas provas de monitorização das aprendizagens (ModA) do 4.º e do 6.º anos de escolaridade, que substituem as anteriores provas de aferição.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai acionar, na segunda-feira, uma operação de dois dias para garantir a segurança dos peregrinos que se deslocam ao Santuário de Fátima.
Cerca de cinco meses após a entrada em vigor da comparticipação de medicamentos para antigos combatentes, ainda há quem não consiga ter este benefício quando vai à farmácia, uma situação que o ministério diz ser residual.
O Infarmed mandou recolher os lotes de soro fisiológico fabricados pela GSL – Produtos Químicos e Farmacêuticos e suspendeu o fabrico nas instalações desta empresa, em São Domingos de Rana (Cascais), onde foram detetadas irregularidades.
A circulação de comboios está hoje parada devido à greve dos maquinistas da CP – Comboios de Portugal, disse à Lusa uma fonte sindical, apontando uma adesão de 100% dos trabalhadores à paralisação.
O Tribunal Judicial de Leiria condenou hoje um homem a 22 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado da mulher, em maio de 2024, no concelho de Porto de Mós.
Cerca de 1.700 quilogramas de haxixe, lançados ao mar por tripulantes de uma embarcação de alta velocidade, que fugiram, foram hoje apreendidos no Rio Guadiana, numa operação das polícias portuguesas e espanholas, informou a GNR.
O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) rejeitou hoje que a greve na CP tenha motivações políticas e responsabilizou o Governo pelo transtorno causado às populações, por não cumprir um acordo negociado.