Em declarações aos jornalistas, no parlamento, André Ventura disse esperar que, na interpelação, ainda sem data, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, explique “como é que vai resolver o problema da falta de professores, dos salários baixos de docentes e não docentes e garantir que todos os alunos têm aulas” e “têm professores para dar as aulas”.
“Isso foi-nos prometido na campanha eleitoral, é com isso que contamos, e é isto que o Governo pode fazer, sem tirar nem pôr. É isto que vamos exigir enquanto partido da oposição, não só neste orçamento, como em medidas concretas para os próximos meses”, afirmou o líder do CHEGA.
Acompanhado pela deputada Manuela Tender, presidente da comissão parlamentar de Educação e Ciência, e pela deputada Maria José Aguiar, coordenadora do grupo parlamentar na mesma comissão, Ventura considerou que a resolução dos problemas da educação “não é uma questão do orçamento do Estado para 2025, é uma questão de vontade política”.
Ainda assim, recomendou ao Governo que o próximo Orçamento do Estado “traduza um investimento na educação” e que, “em vez de apresentar varinhas mágicas”, apresente soluções efetivas, desafiando o executivo a apresentar um “plano de emergência para a educação”.
“Nós tivemos um Governo muito preocupado em apresentar planos de emergência para isto, para aquilo e para aqueloutro. Nós desafiamos o Governo a um plano de emergência para a educação, para garantir que os concursos não ficam vazios, que todos os alunos têm professores nas disciplinas que lhes são legalmente atribuídas e para garantir que não vamos ter mais um inverno com chuva nas escolas, com neve nas escolas, com escolas sem condições para atividades curriculares e extracurriculares”, pediu.
André Ventura disse que espera que “até dezembro” estes problemas estejam “absolutamente resolvidos”.
No dia que marca o início do novo ano letivo, o presidente do CHEGA quis manifestar a “frustração que hoje os portugueses sentem face aos problemas que tinham sido anunciados serem resolvidos em alguns meses e que, na verdade, se mantêm absolutamente sem resolução”.
E considerou que “este Governo tem falhado em muitas das propostas que diziam serem imediatas na resolução dos problemas”, argumentando que no “reinício do ano letivo o sistema educativo está com mais problemas do que estava no fim do Governo do doutor António Costa”.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação estará no parlamento, também a pedido do CHEGA, no dia 26 de setembro, para prestar esclarecimentos sobre irregularidades na colocação de professores no âmbito do concurso interno e externo.