INEM nega qualquer erro administrativo no concurso dos técnicos emergência pré-hospitalar

O INEM esclareceu hoje que não houve qualquer erro administrativo na exclusão de candidatos a Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), justificando as readmissões com a clarificação da documentação enviada, pois não estava legível.

© Facebook / INEM

Em declarações à Lusa, o presidente do júri do concurso para TEPH, Ricardo Rocha, esclareceu que, dos 419 candidatos inicialmente excluídos, apenas reclamaram durante o período de audiência de interessados 240. Depois dos esclarecimentos pedidos, acabaram readmitidos 214.

Quanto aos motivos da exclusão e posterior readmissão, disse que alguns documentos não estavam legíveis (fraca digitalização) e, quando os candidatos contactaram o INEM a reclamar, lhes foi pedido que enviassem documentos que fossem perfeitamente legíveis.

Apontou igualmente como exemplo o caso do averbamento da carta de condução, que apenas não é exigido a quem já tem carta de pesados: “Se o candidato nos envia apenas a parte de trás da carta, não podemos aceitar pois a carta pode ser de qualquer pessoa”.

“O júri trabalhou junto dos candidatos que responderam no período de audiência de interessados precisamente para tentar que os documentos estivessem de acordo com o que era exigido e os candidatos melhorassem o seu processo pois sabemos que há falta de técnicos”, disse, sublinhando: “Tivemos o cuidado, inclusive junto do DGRH [departamento de recursos humanos], pedir pareceres para que pudéssemos solicitar documentos que poderia parecer que não estavam dentro do prazo que eram o elegível, mas com a alteração da portaria, eu acho que tinha razão para aceitar”.

Dos 240 que responderam – explicou – foram readmitidos 214, alguns condicionalmente, por exemplo, enquanto aguardam o decorrer dos processos no IMTT (no caso do averbamento da carta de condução), reconhecendo que este instituto não é rápido a responder.

“Acreditamos na boa fé, mas antes da prova de condução, que decorrerá daqui a mês e meio, faremos o pedido do averbamento na carta”, afirmou.

Insistindo que não houve qualquer erro administrativo na exclusão de candidatos, Ricardo Rocha sublinhou: “Os candidatos até podiam ter as coisas corretas, mas os documentos iniciais não eram legíveis”.

O responsável respondia à denuncia do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), que hoje de manhã revelou que mais de metade dos candidatos excluídos no concurso foram-no por erros técnicos e exigiu o afastamento do júri do concurso.

Em declarações à Lusa, Ricardo Rocha lembrou a alteração da legislação que trouxe outras particularidades ao este concurso, permitindo ao INEM contactar os candidatos para que pudessem melhorar o processo para pudessem ser admitidos.

“Desde 2017 faço todos os concursos e sei exatamente o que é preciso. Mas não quero deixar de dizer que é lamentável que o presidente do sindicato não conheça o código do procedimento administrativo”, afirmou, acrescentando: “Temos do nosso lado legitimidade legal e documental para provar que não há erro administrativo nenhum”.

Últimas do País

Trinta e seis concelhos de sete distritos, localizados na região Centro e no Algarve, apresentam hoje risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Cerca de 43% da comida de rua (’street food’) comercializada na região de Lisboa apresenta níveis de qualidade microbiológica insatisfatórios e 2,6% revela-se potencialmente perigosa para a saúde pública, segundo um estudo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.
Seis urgências vão estar encerradas no sábado, cinco de Ginecologia e Obstetrícia e uma de Pediatria, número que se mantém no domingo, mas inclui a urgência geral do Hospital Amadora-Sintra, indica o Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) assinalou hoje o dia evocativo da classe com preocupação pela situação de insegurança e degradação nas prisões, mas com "total confiança" na ministra da Justiça para as resolver.
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) detetou falhas no acesso às primeiras consultas no Hospital Amadora-Sintra, incluindo pedidos duplicados, registos antecipados, erros na tipificação de consultas e episódios omissos, colocando em causa a equidade e transparência do sistema.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar acusou hoje a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) de querer imputar, sem fundamento, a responsabilidade da morte de um utente em 2024 a uma técnica de emergência pré-hospitalar.
A Direção-Geral da Saúde alertou hoje que as situações de calor extremo, como a prevista para os próximos dias, têm riscos para a saúde, recomendando que se beba água, evite bebidas alcoólicas e opte por ambientes frescos ou climatizados.
O uso "excessivo" de nomeações na administração pública através do regime de substituição "compromete a meritocracia", segundo um estudo cujos investigadores admitem ser necessário rever a lei para limitar este mecanismo.
A primeira ambulância de suporte imediato de vida a chegar junto do utente que morreu por atraso no socorro em 2024 demorou uma hora e 26 minutos, fora da janela de oportunidade para fazer uma angioplastia coronária.
Portugal está a falhar com as suas crianças. Mais de 20% vivem na pobreza, sem acesso a necessidades básicas. Mas o Estado gasta milhares de euros em subsídios para refugiados que nunca trabalharam nem contribuiram.