Quantas vezes já nos questionamos, mas afinal em que direção vamos? O que defendemos?
O que realmente somos aqui?
A resposta ou as respostas dividem-se em centenas de opiniões, sendo que é pertinente remontar a tempos passados de modo a relembrar pensamentos e ideologias que atravessam séculos e espelham o panorama que vivenciamos ainda neste ciclo das nossas vidas.
É interessante salientar um exemplo bem prático, citado por estudiosos centenários, uma comparação ao modo de vida de muitas sociedades, onde um indivíduo decide depenar uma ave ainda vida, deixando-a cheia de dor e sem saber para onde ir.
Seguidamente enche um punho de milho em grão e esta cheia de sofrimento segue-o e vai ingerindo as porções miseráveis que lhe eram atiradas. Mas afinal o que quer isto dizer?
Não importa o volume de sofrimento e dificuldades que nos façam passar, enquanto dependermos “deles” para (sobre)viver será este o descalabro a que estamos sujeitos.
O povo português merece mais e melhor, uma envolvente económica e social que valorize o trabalho árduo dos cidadãos mais dedicados e os priorize como os verdadeiros heróis da nação. Os contribuintes estão estafados de trabalhar em vão e descontar para o sustento das classes devoradoras do estofo social do estado.
A classe média é aquela que mais sofre para manter uma economia em funcionamento e no entanto é aquela também que menos retorno vê na sua qualidade de vida e poder de aquisição, sobretudo em Portugal, onde a remuneração é fortemente taxada pretendendo nutrir os subsídios direcionados aos que menos se cansam.
Uma economia estável e propícia à evolução carece de um mercado aberto à iniciativa privada, de desenvolvimento tecnológico e um sistema fiscal que não sufoque as empresas, intensificando a possibilidade de aumentar os salários e acessibilidade aos bens essenciais à vida humana. Em termos lógicos e morais torna-se impossível que um estado controle todas as forças de produção de um país, de forma direta ou indireta, sem o prejudicar estruturalmente.
Imperativamente o mercado irá sempre existir, englobando variados modos de produção que retratam a força e a integridade das grandes potências económicas.
Mesmo os países que se autoproclamam como socialistas, dando o exemplo em particular da China, necessitam de fazer uso da influência e do desenvolvimento do mundo capitalista para manterem uma balança comercial equilibrada e com sinais de viabilidade. Esta é uma questão que levanta as reais limitações que o socialismo traz consigo, onde de facto podemos concluir que as intenções são melhores do que os resultados, que em termos práticos, não são tão eficientes quanto o proclamado.
É urgente a afirmação de um novo conjunto de moldes políticos e económicos que defendam de forma inigualável os seus cidadãos, promovendo a justiça e a integridade de uma maioria focada na ascensão do país.
Miguel Abreu
(Militante do CHEGA)