Zelensky diz que “seria uma loucura” deixar cair apoio e defende tropas ocidentais no país

O Presidente da Ucrânia considerou hoje que “seria uma loucura” deixar cair as coligações estabelecidas desde o início do conflito com os países aliados e defendeu a presença de soldados ocidentais em território ucraniano para “forçar a Rússia à paz”.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“Percorremos um caminho tão longo que, honestamente, seria uma loucura deixar ‘cair a bola’ agora e não continuar a construir as coligações de defesa que criámos, especialmente já que elas nos ajudam a crescer e a fortalecer o que é basicamente o nosso poder de defesa partilhado”, defendeu Volodymyr Zelensky, na abertura da 25.ª reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, que decorre na base aérea norte-americana de Ramstein, na Alemanha.

O Presidente ucraniano falava ao lado do secretário de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Lloyd J. Austin III, que preside aos trabalhos desta coligação de mais de 50 países criada em 2022 e que visa coordenar o apoio à Ucrânia, na sequência da invasão russa, em fevereiro de 2022.

“É evidente que daqui a 11 dias começa um novo capítulo para a Europa e para o mundo inteiro, numa altura em que temos de cooperar ainda mais, de confiar ainda mais uns nos outros e de alcançar maiores resultados em conjunto”, salientou Zelensky, referindo-se à posse do novo Presidente norte-americano, Donald Trump, numa altura em que ainda não se sabe se a próxima administração republicana vai manter estas reuniões ou o apoio à Ucrânia.

Zelensky lembrou ainda uma ideia lançada pelo Presidente da França, Emmanuel Macron, no ano passado, de envio de tropas ocidentais para a Ucrânia, uma hipótese da qual praticamente todos os governos aliados se distanciaram rapidamente, com exceção dos países bálticos.

“E todos sabemos que, hoje em dia, os objetivos de Putin permanecem inalterados e que ele quer destruir totalmente a Ucrânia e quebrar-nos a todos, a vocês também. É por isso que o nosso objetivo é encontrar o maior número possível de instrumentos para forçar a Rússia à paz. Penso que o destacamento de contingentes de parceiros é um dos melhores instrumentos. Sejamos mais práticos para o tornar possível”, apelou.

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