Eurodeputado do CHEGA afastado da eleição para a presidência de nova comissão

“Fomos afastados das negociações para a presidência e vice-presidências desta comissão. Como terceiro maior grupo do Parlamento Europeu, deveríamos ter várias presidências de comissões e muitas vice-presidências de comissões. Mas não temos nenhuma, porque não há uma democracia interna”, salienta Tânger Corrêa.

© Folha Nacional

O eurodeputado do CHEGA, António Tânger Corrêa, foi afastado da eleição para a presidência e vice-presidência da nova comissão chamada Escudo Europeu para Democracia do Parlamento Europeu, que arrancou funções esta segunda-feira para ajudar a União Europeia (UE) a reagir às ameaças híbridas. Quem o disse foi Tânger Corrêa que vincou não haver “uma democracia interna.”

“Fomos afastados das negociações para a presidência e vice-presidências desta comissão. Como terceiro maior grupo do Parlamento Europeu, deveríamos ter várias presidências de comissões e muitas vice-presidências de comissões. Mas não temos nenhuma, porque não há uma democracia interna”, salienta Tânger Corrêa, em vídeo publicado nas suas redes sociais.

Segundo o eurodeputado do CHEGA, também vice-presidente do grupo Patriotas pela Europa, de Viktor Orbán, com 84 deputados, o que o torna o terceiro maior grupo do hemiciclo, esta nova comissão “é teoricamente é uma comissão que deverá verificar que a democracia é de facto real no Parlamento Europeu.”

Tânger Corrêa não compareceu na eleição, pois “os dois maiores partidos, como em Portugal, os dois maiores grupos, o Cristão Democrata, o PPE [Partido Popular Europeu] e os socialistas, uniram-se com a bengala dos Liberais para nos afastarem para daquilo que milhões de cidadãos da união Europeia nos elegeram.”

“Mas nós não vamos sair daqui”, marca o chefe de delegação do CHEGA.

Avança a agência Lusa, no dia em que esta nova comissão parlamentar (de cariz temporário) teve a sua primeira reunião em Bruxelas, a assembleia europeia indicou em comunicado que, para a liderança foi escolhida a eurodeputada liberal francesa Nathalie Loiseau, que conquistou 25 votos, ao passo que o seu adversário, Tânger Corrêa, obteve oito.

Esta estrutura está encarregue de avaliar a legislação e as medidas da UE existentes e planeadas à luz de potenciais interferências maliciosas nos processos democráticos, nomeadamente tendo em conta a estratégia do futuro Escudo Europeu para a Democracia, incluído nas orientações políticas da Comissão Europeia para 2024-2029.

Caberá à nova comissão parlamentar propor soluções tangíveis para reforçar a resiliência da UE a ameaças e ataques híbridos e para melhorar o quadro jurídico e institucional da União, bem como examinar atividades do executivo comunitário e do Serviço Europeu para a Ação Externa na luta contra a manipulação e a interferência de informações estrangeiras.

Últimas de Política Internacional

O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.
O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.