Von der Leyen reúne-se na terça-feira com vice-Presidente dos EUA em altura de tensões comerciais

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reúne-se na terça-feira com o vice-Presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, no âmbito de uma cimeira mundial sobre Inteligência Artificial a decorrer em Paris, numa altura de tensões comerciais.

© Facebook/comissão europeia

“Hoje e amanhã [terça-feira], a presidente Von der Leyen estará em Paris, França, para participar na cimeira sobre Inteligência Artificial. Ainda em Paris, amanhã [terça-feira], a presidente encontrar-se-á com o vice-Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), James David Vance”, anunciou o porta-voz da Comissão Europeia, Stefan de Keersmaecker, na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.

Fontes europeias têm indicado que, até ao momento, Ursula von der Leyen ainda não tem uma data marcada para um encontro bilateral com o Presidente norte-americano, Donald Trump, tendo apenas tido um contacto telefónico por ocasião da tomada de posse do republicano, no passado dia 20 de janeiro.

O encontro de Von der Leyen e J.D. Vance será, por isso, a reunião de mais alto nível entre a Comissão Europeia e a nova administração norte-americana desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca (presidência norte-americana).

A reunião acontece após o republicano ter anunciado informalmente que irá impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio, contexto que afeta o setor da União Europeia (UE).

Em reação à intenção de Trump, hoje de manhã, o executivo comunitário indicou que esta, a concretizar-se, será uma medida “ilegal e economicamente contraproducente, especialmente tendo em conta as cadeias de produção profundamente integradas que a UE e os Estados Unidos estabeleceram através do comércio e investimento transatlânticos”.

Bruxelas ressalvou, porém, não ter recebido até agora “qualquer notificação oficial relativa à imposição de direitos aduaneiros adicionais sobre os produtos da UE”.

“Não responderemos a anúncios gerais sem pormenores ou esclarecimentos escritos. A UE não vê qualquer justificação para a imposição de direitos aduaneiros sobre as suas exportações, [mas] reagiremos para proteger os interesses das empresas, dos trabalhadores e dos consumidores europeus contra medidas injustificadas”, garantiu a Comissão Europeia.

Últimas do Mundo

O GPS do avião utilizado pela presidente da Comissão Europeia numa visita à Bulgária foi alvo de interferência e as autoridades búlgaras suspeitam que foi uma ação deliberada da Rússia.
Mais de 800 pessoas morreram e cerca de 2.700 ficaram feridas na sequência de um sismo de magnitude 6 e várias réplicas no leste do Afeganistão na noite de domingo, anunciou hoje o Governo.
Pelo menos três civis morreram e seis ficaram feridos em ataques russos na região ucraniana de Donetsk nas últimas 24 horas, declarou hoje o chefe da administração militar regional, Vadim Filashkin, na rede social Telegram.
Um navio de guerra norte-americano entrou no canal do Panamá em direção às Caraíbas, testemunhou a agência France-Presse, numa altura em que os planos de destacamento militar de Washington naquela região está a provocar a reação venezuelana.
O número de fogos preocupantes em Espanha desceu de 12 para nove nas últimas 24 horas, mas "o final" da onda de incêndios deste verão no país "está já muito próximo", disse hoje a Proteção Civil.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, denunciou que mísseis russos atingiram hoje a delegação da União Europeia (UE) em Kyiv, na Ucrânia.
O Governo de Espanha declarou hoje zonas de catástrofe as áreas afetadas por 113 grandes incêndios no país nos últimos dois meses, 15 dos quais continuam ativos, disse o ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska.
Mais de dois mil milhões de pessoas ainda não têm acesso a água potável em condições de segurança, alertou hoje a ONU num relatório que expressa preocupação com o progresso insuficiente na cobertura universal do fornecimento de água.
O primeiro-ministro israelita saudou hoje a decisão do Governo libanês, que aceitou a proposta norte-americana sobre o desarmamento do Hezbollah, e admitiu retirar as forças de Israel do sul do Líbano.
Espanha continua com 14 fogos preocupantes que mantêm desalojadas mais de 700 pessoas e confinadas outras mil, após semanas de "terríveis incêndios" cujo combate é neste momento favorável, mas lento, disse hoje a Proteção Civil espanhola.