Exportações de mobiliário caem 4% em 2024

As exportações do 'cluster' português do mobiliário e afins caíram 4% em 2024 face ao recorde de 2023, para 2.107 milhões de euros, superando a marca dos 2.000 milhões pela segunda vez consecutiva, anunciou hoje a associação setorial.

© D.R.

Em comunicado, a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) refere que a quebra de 4% registada em 2024 reflete “sobretudo a desaceleração da inflação” e aponta “um comportamento desigual nos principais mercados internacionais”, destacando o desempenho do mercado suíço, onde as vendas aumentaram 21,95% em termos homólogos.

No ano passado, França manteve-se como o principal destino das exportações do ‘cluster’, com uma quota de 32%, seguido de Espanha, com mais de 26%, e da Alemanha, com 7%, refletindo um aumento de 3,52%.

Já os Estados Unidos, com uma quota de 6%, e o Reino Unido, com 5%, registaram “um desempenho mais contido, refletindo uma combinação de fatores económicos internos e externos”, enquanto os Países Baixos apresentaram “uma ligeira melhoria” de 2%.

Embora 2024 tenha sido um ano marcado por variações, a APIMA salienta os resultados obtidos nos meses de outubro e abril, que diz terem sido os melhores do ano.

“Esses meses evidenciam a capacidade do ‘cluster’ de se adaptar às flutuações do mercado e destacam a natureza cíclica da atividade exportadora”, refere.

Por outro lado, os meses de março e julho “apresentaram uma dinâmica mais moderada, um reflexo da volatilidade das variáveis de mercado”.

Citado no comunicado, o presidente da APIMA refere que 2024 confirmou as expectativas “de enorme instabilidade e imprevisibilidade”: “A inflação, os constrangimentos na cadeia logística internacional e uma desaceleração generalizada do consumo impactaram significativamente as operações das nossas empresas”, afirma Joaquim Carneiro.

Para o dirigente associativo, “a promoção internacional ancorada nas feiras, com particular destaque para mercados emergentes, foi fundamental para alavancar novas oportunidades”.

Em 2024, o ‘cluster’ do mobiliário e afins registou uma taxa de cobertura das importações de 168%, direcionando cerca de 90% da produção para mercados internacionais.

Últimas de Economia

As metas transitórias de integração de energia de fontes renováveis para os setores da indústria e dos transportes vão entrar em vigor no final deste ano.
A fabricante automóvel japonesa Nissan vai despedir 20.000 trabalhadores em todo o mundo, segundo o plano de reestruturação apresentado hoje aos acionistas pelo presidente e diretor executivo, Iván Espinosa, num esforço para regressar à rentabilidade.
As bolsas europeias abriram hoje em alta, com ganhos a rondar os 1,50%, depois de o Governo israelita ter confirmado que aceitou a proposta de Donald Trump de um "cessar-fogo bilateral" com o Irão, fazendo cair os preços do petróleo.
O Tribunal de Contas (TdC) detetou que a TAP executou vários contratos sem visto prévio obrigatório, violando a lei que rege a despesa pública, tendo remetido as conclusões para o Ministério Público.
No final de abril, o endividamento do setor privado representava cerca de 459.800 milhões de euros, enquanto perto de 369.600 milhões de euros diziam respeito ao setor público.
O índice de preços da habitação aumentou 16,3% no primeiro trimestre em termos homólogos, mais 4,7 pontos percentuais do que no trimestre anterior, divulgou hoje o INE.
O número de beneficiários de prestações de desemprego subiu 2% em maio, face ao período homólogo, mas caiu 4,3%, face a abril, para 187.654, segundo a síntese estatística da Segurança Social hoje divulgada.
O valor total aplicado em certificados de aforro aumentou em maio para 37.498 milhões de euros, um novo máximo histórico, apesar do abrandamento nas novas subscrições, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).
A Comissão Europeia decidiu hoje vetar as empresas chinesas das licitações públicas de produtos médicos que ultrapassem os cinco milhões de euros na União Europeia, como resposta às restrições que as empresas europeias enfrentam no mercado chinês.
Foi graças ao CHEGA que o Governo optou por avançar apenas com uma privatização parcial da TAP, limitando-se a colocar até 49% do capital da companhia aérea no mercado. A posição firme do partido à entrega do controlo da empresa a privados acabou por travar a intenção de uma venda maioritária já nesta fase.