Agosto foi o mês mais seco na Europa e Mediterrâneo desde pelo menos 2012

Agosto foi o mês mais seco na Europa e no Mediterrâneo desde que o Observatório Europeu da Seca (EDO, na sigla em inglês) começou a registar estes dados em 2012.

© D.R.

De acordo com uma análise dos dados do EDO feita pela agência de notícias France-Presse e divulgada esta quinta-feira, mais de metade (53%) do solo foi afetado pela seca em agosto.

O valor representa uma enorme subida face ao mesmo mês de 2024, quando 36% dos solos foram afetados pela seca, e está 23 pontos percentuais acima da média para agosto entre 2012 e 2024 (30,1%).

Desde o início do ano, cada mês estabeleceu um novo recorde para a época do ano do ano em causa, mas agosto de 2025 fixou também um máximo absoluto. O anterior recorde, de 52%, datava de maio último.

Existem vários tipos de seca, que podem ocorrer em combinação: seca meteorológica, seca do solo e seca hidrológica (nos rios e lençóis freáticos).

O indicador de seca do EDO, observatório do programa europeu Copernicus, baseado em observações de satélite, combina os níveis de precipitação, a humidade do solo e as condições da vegetação.

A Europa Ocidental foi severamente afetada. Em Portugal, 70% do território foi afetado pela falta de chuva e humidade do solo, um valor significativamente superior aos 5% registados em julho.

Em França, atingida em agosto pela segunda onda de calor deste verão, dois terços do território (66%) estavam com escassez de água. Uma parte do país (12%) encontrava-se em situação de seca, particularmente no sudoeste, com consequências significativas para a produção de vinho.

Mas foi o Mediterrâneo Oriental a região mais afetada pela seca. Arménia, Geórgia e Líbano viram quase todo o território afetado – 99%, 97% e 96%, respetivamente.

A Turquia, com 84% do território a sofrer com a escassez de água, enfrentou inúmeros incêndios, como os que ocorreram na província de Çanakkale (noroeste) no início de agosto.

Na Europa de Leste e Balcãs, vários países foram também severamente afetados pela seca. Na Bulgária, Kosovo, Sérvia e Macedónia do Norte, a taxa de seca foi superior ou igual a 90%.

A situação alimentou incêndios florestais nos Balcãs, que mataram, pelo menos, duas pessoas e levaram à deslocação de milhares de residentes.

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