Somos mais do que palavras

Charlie Kirk foi assassinado poucos dias depois de termos mostrado no Parlamento como 90% dos europeus se sentem hoje mais ameaçados na sua liberdade de expressão do que há 10 anos.

A sua morte por razões políticas mostra de forma brutal que o apelo ao diálogo, tantas vezes celebrado como essência da democracia, já não basta para sustentar o espaço público. A violência tornou-se resposta fácil para quem recusa ouvir e prefere calar.

Kirk acreditava no debate aberto: dois microfones, um público diverso e um lema simples: “prova que estou errado”. Essa prática lembrava-nos que a democracia não vive de monólogos, mas do confronto direto de ideias. É desse exercício que nasce a tolerância que sustenta sociedades livres e plurais. E nunca é demais recordar: a única forma de resolver conflitos é dialogar com todas as partes envolvidas.

Hoje, porém, a polarização tomou conta do Ocidente. Incapazes de debater, muitos perderam também a capacidade de tolerar. O resultado é entrincheiramento, isolamento, corrosão do espírito democrático. O caso de Kirk mostra como a esquerda woke e radical, à falta de argumentos, responde eliminando o que é diferente.

Somos mais do que palavras. Somos pessoas. E é por isso que continuaremos a lutar, sem descanso, pela preservação das nossas liberdades.

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