A administração do presidente Donald Trump anunciou ter deportado mais de 527 mil imigrantes em situação irregular desde o início do seu segundo mandato, cumprindo assim uma das principais promessas eleitorais do republicano: travar a imigração ilegal e expulsar do país os estrangeiros com antecedentes criminais.
Segundo o jornal La Gaceta, os dados divulgados pelo Departamento de Segurança Interna (DHS) mostram que a Casa Branca poderá alcançar um recorde histórico, aproximando-se das 600 mil deportações até ao final do primeiro ano de mandato. No total, mais de dois milhões de imigrantes terão deixado os Estados Unidos, incluindo 1,6 milhões que optaram por regressar voluntariamente aos seus países de origem.
A subsecretária de Assuntos Públicos do DHS, Tricia McLaughlin, destacou que o programa ‘CBP Home’ — uma aplicação que permite aos imigrantes ilegais comunicar a intenção de abandonar o país — tem sido fundamental para alcançar esses resultados. O Governo oferece mil dólares e transporte gratuito aos que se autodeportem voluntariamente, enquanto os que são detidos e deportados ficam impedidos de regressar aos EUA.
A secretária do DHS, Kristi Noem, afirmou que as forças de segurança têm focado os esforços na expulsão dos “piores criminosos estrangeiros ilegais”, entre os quais se encontram violadores, homicidas, traficantes de droga e pedófilos. No entanto, o Governo continua a enfrentar resistência nas chamadas “jurisdições santuário” — estados e municípios que se recusam a colaborar com as autoridades federais em matérias de imigração.
De acordo com o Departamento de Justiça, 12 estados e 18 autoridades locais mantêm atualmente políticas de “santuário”, limitando a ação dos serviços de imigração. Apesar dessa oposição, o ICE — Serviço de Imigração e Controlo de Aduanas — continua a operar cerca de 130 centros de detenção em todo o país, destinados a acolher imigrantes antes da sua expulsão ou da apresentação a um juiz de imigração.
Deportado homicida condenado há três décadas
Entre os casos recentes de deportação, destaca-se o de Bou Khathavong, cidadão com dupla nacionalidade laosiana e tailandesa, condenado pelo homicídio do estudante norte-americano Eddie Polec, em 1994, na cidade de Filadélfia. Khathavong foi expulso dos Estados Unidos no início de setembro de 2025, após quase trinta anos de processos judiciais.
De acordo com a divisão de Enforcement and Removal Operations (ERO) do ICE em Filadélfia, o condenado foi enviado para o Laos, o seu país de origem, em coordenação com a Divisão de Gestão de Deportações.
O caso remonta a novembro de 1994, quando Khathavong participou num ataque coletivo contra Polec, então com 16 anos, à porta da igreja de Saint Cecilia, no bairro de Fox Chase. A vítima foi brutalmente agredida com bates de basebol e outros objetos contundentes, morrendo no local. O autor foi condenado em 1996 por conspiração criminal, tendo cumprido uma pena de cinco a dez anos de prisão.
 
								 
													 
													 
													 
													 
													 
													 
													 
													 
													 
													 
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
      
      
    
     