Segundo o responsável, o número de candidaturas detetadas aumentou quase um terço no último ano, muitas delas associadas às chamadas “laptop farms” – instalações discretas, com computadores localizados fisicamente nos Estados Unidos e ligados à internet através de operadores norte-americanos, mas controlados remotamente a partir do estrangeiro.
O fenómeno “não se limita à Amazon”, advertiu Schmidt, acrescentando que este tipo de esquema “está provavelmente a ocorrer em larga escala em todo o setor”.
Para identificar as candidaturas fraudulentas, a empresa tem-se baseado na deteção de números de telefone com formatos incorretos e diplomas académicos suspeitos.
Em julho, uma cidadã norte-americana foi condenada a mais de oito anos de prisão por liderar uma destas “laptop farms”, que permitiu a cidadãos norte-coreanos conseguir empregos remotos em mais de 300 empresas de tecnologia dos Estados Unidos. De acordo com as autoridades, o esquema gerou mais de 17 milhões de dólares (cerca de 14,4 milhões de euros) em benefício da arguida e do regime norte-coreano.
Em 2024, outro cidadão norte-americano foi detido por ter ajudado trabalhadores norte-coreanos a conseguir empregos em empresas do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Os serviços de informação da Coreia do Sul alertaram no ano passado que agentes norte-coreanos estavam a usar o LinkedIn para se fazerem passar por recrutadores e contactar profissionais sul-coreanos do setor da defesa, com o objetivo de obter informações sensíveis.
Ao abrigo das sanções impostas pelas Nações Unidas, os cidadãos da Coreia do Norte estão proibidos de trabalhar e gerar rendimentos no estrangeiro.
Um relatório publicado em 2024 pela organização norte-americana 38 North revelou que programadores norte-coreanos – ocultando a sua verdadeira nacionalidade – conseguiram obter contratos para trabalhar em projetos de animação subcontratados por empresas como a japonesa HBO Max e a norte-americana Amazon.