CARRIS: CHEGA faz “recomendação ao Governo” para aceitar reivindicações

© Folha Nacional

O Chega vai recomendar ao Governo que aceite as reivindicações dos trabalhadores da Carris, que pedem um aumento salarial de 100 euros, argumentando que em períodos de “inflação excecional” são necessários “aumentos excecionais”, anunciou o líder do partido.

Em declarações aos jornalistas à saída da sede da Carris, em Oeiras, depois de se ter reunido com a Comissão de Trabalhadores daquela empresa – que iniciou um período de greve parcial na segunda-feira -, André Ventura considerou que Portugal não pode ser o segundo país da zona euro com o maior excedente orçamental e “isso não se refletir nos vencimentos”.

“Estamos sempre a dizer que é fundamental reduzir a mobilidade de veículos de carros nas cidades, e que queremos mais autocarros e mais mobilidade coletiva, mas depois não lhes damos, a estas empresas e homens e mulheres, condições para terem o seu trabalho”, criticou.

Ventura instou assim o Governo a que, até ao verão, cumpra as reivindicações dos trabalhadores da Carris, tanto no que se refere ao aumento salarial na ordem dos 100 euros, como ao “reforço significativo das suas condições de trabalho, que estão muito degradadas neste momento”.

“Vamos apresentar imediatamente uma recomendação ao Governo para que faça esta atualização na base dos 100 euros, e não dos 70, e um reforço dos muitos autocarros que circulam, que estão muito degradados”, disse.

O líder do CHEGA detalhou que esse aumento deveria ser feito “no âmbito de um orçamento retificativo”, que considerou “incontornável que venha a existir”.

Ventura salientou ainda que, neste projeto de resolução, o CHEGA recomenda também ao Governo que faça “um levantamento sério das condições da empresa” e uma auditoria à suas contas, alegando que os trabalhadores da Carris estão a “ser prejudicados” por um “efeito de partidarização”.

A greve parcial dos trabalhadores da Carris, decretada por um sindicato e que decorre até sexta-feira, registou até agora uma adesão de cerca de 5% dos motoristas, informou hoje a empresa de transportes públicos de Lisboa.

Em 15 de março, a Carris anunciou um acordo com quatro sindicatos, em que os trabalhadores teriam um aumento salarial de 70 euros, ficando de fora o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal, ligado à Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

O STRUP pedia um aumento salarial na ordem dos 100 euros, assim como um horário diário de sete horas de trabalho e rendições dos funcionários junto às estações.

Perante a proposta salarial submetida pela administração da transportadora lisboeta de autocarros e elétricos, decorreu um plenário do sindicato, no qual cerca de 200 trabalhadores decidiram a marcação de uma greve às duas primeiras horas e últimas horas (no serviço de cada trabalhador) durante uma semana.

 

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA acusou hoje o presidente da Câmara de Lisboa de fazer declarações "absolutamente falsas" sobre a demissão do ministro Jorge Coelho em 20021 e desafiou o primeiro-ministro a abordar as responsabilidades políticas no acidente do elevador da Glória.
A comissão parlamentar de inquérito à gestão do INEM vai ser constituída por 24 deputados e presidida pelo CHEGA, cabendo as duas vice-presidências ao PSD e PS.
O partido CHEGA entregou na Assembleia Municipal de Lisboa uma moção de censura ao presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD), após o descarrilamento do elevador da Glória, acusando-o de falhar no dever de “garantir a segurança da cidade”.
O líder do CHEGA disse hoje, no distrito de Coimbra, que não vai deixar sair da agenda política a questão dos incêndios, insistindo no apuramento de responsabilidades e na necessidade de aumentar as penas dos incendiários.
O líder do CHEGA acusou hoje o presidente da Câmara de Lisboa de se esconder e de, até ao momento, não ter assumido as suas responsabilidades no acidente do elevador da Glória, que vitimou 16 pessoas na quarta-feira.
O jornal 24Horas revelou que Margarida Belém, presidente socialista da Câmara Municipal de Arouca, recandidata-se a um terceiro mandato apesar de ter sido condenada a um ano e três meses de prisão por falsificação de documento, pena confirmada pelo Tribunal da Relação do Porto.
O CHEGA vai pedir esclarecimentos ao ministro da Educação acerca das alegadas pressões sobre a Universidade do Porto para admitir a entrada em Medicina de alunos sem a classificação mínima e pediu uma investigação ao Ministério Público.
O deputado municipal do CHEGA e candidato à Câmara de Lisboa Bruno Mascarenhas anunciou hoje a apresentação de uma moção de censura ao executivo da câmara de Lisboa, exigindo responsabilidades pelo acidente com o elevador da Glória.
CHEGA questiona primeiro-ministro após este se ter oposto à divulgação pública de informação sobre os seus imóveis.
A poucos dias do arranque do ano letivo, milhares de alunos continuam sem professores atribuídos. O CHEGA acusa o Governo de falhar gravemente na gestão da Educação e promete levar o tema ao Parlamento.