A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) finalmente anunciou o novo selecionador nacional: Roberto Martínez.
Li e ouvi muitas opiniões a respeito desta escolha. Algumas delas foram relativas às capacidades do novo treinador. A maioria, no entanto, foi de indignação por a FPF ter tido a audácia de ter ido buscar um espanhol para nos treinar.
No entanto, o meu objetivo não é de falar de futebol – mas sim de fazer um paralelismo. Penso que é um facto adquirido para qualquer português que um jogo da Seleção é um fator de união. Durante noventa minutos, todos nós estamos do mesmo lado e o nosso foco é ganhar e levar o nosso país mais além.
Porque não pegamos esse nosso fanatismo, arrisco-me a descrevê-lo assim, e o transpomos para todas as áreas da nossa vida? Porque não usamos a nossa memória coletiva para voltarmos a reerguer o nosso país e não apenas para repudiarmos um treinador espanhol? Porque não usamos os exemplos da nossa História e da nossa identidade para fortalecermos o nosso país?
É da máxima importância e urgência que reiteremos o nosso amor pela pátria. E que ele seja visível além do futebol e da nossa Seleção. Mas… E como o fazer? Por onde começar?
Em primeiro lugar, reconhecer que este sentimento impera dentro de nós como pátria. Se ele existe e se manifesta – mais não seja apenas com futebol – já temos um bom ponto de partida. De seguida, é importante detetar as ameaças à nossa identidade nacional – como o socialismo e o marxismo cultural. E construir estratégias para combater essas mesmas ameaças: mudar currículos escolares, criar programas com conteúdo histórico e patriótico e valorizar o nosso património seriam alguns exemplos. Não seria, talvez, um processo rápido ou fácil. Mas dos fracos não reza a História – e a nossa certamente que não foi feita por eles.
Num mundo que nos diz que não podemos ter orgulho no nosso país e que é errado o amarmos e valorizarmos, que possamos ter a coragem de lutar por ele. Que possamos nos indignar não só por termos um espanhol a treinar a nossa Seleção Nacional – mas que também nos possamos indignar por todos aqueles que desonram a nação em tantos outros aspetos nos quais os nossos egrégios avós não se orgulhariam.
Cátia Borges
(Militante CHEGA)